20.3.07

Porto-Sporting: As minhas notas do clássico

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Surpreendeu a vitória do Sporting no Dragão? Talvez. O Porto jogava em casa e, na realidade, não acontece tão frequentemente quanto isso. Mas fico por aqui. Não creio que a vantagem pontual portista numa prova que já vai longa possa ser motivo para que se projectem grandes diferenças entre as equipas em 90 minutos de jogo e apenas a emoção dos adeptos (e da comunicação social, claro!) permite que tal aconteça. Na realidade Porto e Sporting são formações diferentes mas que partilham o facto de serem bem orientadas e estarem perfeitamente enquadradas com o modelo de jogo dos respectivos treinadores.

Este tem sido um campeonato dominado pelos grandes e definido por pormenores, não havendo uma superioridade clara de uma equipa (entre os grandes, entenda-se) sobre as demais. Não esperem que tal venha suceder nos clássicos que faltam.

Levanto aqui um paralelismo entre o fenómeno que marcou o “antes” e o “durante” da partida do Dragão e o dos clássicos Benfica-Sporting (1-3) da época passada e Sporting-Benfica (0-2) desta temporada. Em todos os casos foi - nos dias que antecederam os jogos - empolada uma superioridade de uma equipa sobre a outra não sendo as diferenças reais tão marcantes quanto isso. Talvez iludidos pelo ambiente, os favoritos defraudaram em todos estes casos totalmente as expectativas.

Voltando ao clássico que na minha opinião não surpreendeu em termos de características de jogo, deixo duas notas:
- Miguel Veloso. Já aqui o escrevi há muito, é um caso de qualidade gritante e tem características para se tornar a muito curto prazo no pivot defensivo do meio-campo da Selecção. Paulo Bento já o percebeu e só assim se percebe que não o tenha feito recuar para a defesa quando tinha Custódio e Paredes disponíveis.
- Pedro Henriques. Errar todos erram mas com ele o futebol torna-se naquilo que eu sempre percebi ser: um jogo de contacto em que se parte do princípio de que os jogadores estão concentrados na bola e não em atingir o adversário. Os jogadores percebem e rapidamente o jogo passa a ser uma luta pela bola e não pela falta. O melhor em campo!

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