22.10.13

De Patrício a Artur (Ranking dos Guarda Redes)

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Concluo esta série de análises ao que até agora se tem passado na Liga Portuguesa, com um ranking dos guarda redes em prova, tendo no entanto apenas incluído os mais utilizados de cada clube. De esclarecer que a análise é centrada nas ocasiões de golo que são consideradas em cada jogo e não há aqui qualquer introdução de critério de grau de dificuldade para a intervenção do guarda redes. A ideia é que a prazo, os melhores acabarão por defender mais vezes e sofrer menos golos, e por isso quanto mais tempo de jogo houver (e mais ocasiões), maior será a validade da análise. Para além dos elementos aqui apresentados, o ranking contempla também uma penalização quando se considera que a ocasião foi, pelo menos em parte, provocada por uma má abordagem do guarda redes. Aqui ficam alguns destaques:

Adriano - Fez um inicio de temporada incrível, sendo o grande protagonista do pequeno milagre conseguido pelo Gil Vicente nas 3 primeiras jornadas. Esse período catapultou-o para a liderança em termos de defesas em lances decisivos, mas de lá para cá tem perdido rendimento, com alguns erros no jogo em Setúbal e acabando também por ser superado por Patrício em termos de eficiência.

Rui Patrício - É o guarda redes com melhor % nos dois rácios considerados (golos sofridos por ocasião e golos sofridos por ocasião de golo que foi à baliza). Se o Sporting é a equipa com melhor % de sobrevivência a cada ocasião, esta análise confere grande parte desse mérito ao seu guarda redes. De assinalar que o único erro atribuído a Patrício aconteceu no golo sofrido em Braga.

Helton - Para já, e a nível interno, não há nada a apontar-lhe, mesmo se não tem também deslumbrado. Poucas oportunidades de intervenção, como era de esperar, mas mantendo uma boa eficácia, que não é porém ainda excepcional. Helton não averbou qualquer erro em ocasiões de golo nos 7 jogos já disputados, ficando a questão para responder sobre se será capaz de elevar a sua eficiência para os níveis mais altos da Liga, ou se trará para as competições internas alguma irregularidade que vem denotando nos jogo europeus?

Artur - Continua a ser um caso estranho. De facto, não se pode atribuir grandes responsabilidades a Artur nos golos sofridos, mas o guarda redes do Benfica não conseguiu ainda realizar qualquer defesa em ocasiões de golo, em jogos para o campeonato. A atenuante, para Artur, é que o número de ocasiões de golo é baixo, sendo ainda pouco conclusivo e susceptível de proporcionar fenómenos extremos de eficiência sem que isso tenha necessariamente um grande significado. A agravante, porém, é que a tendência se arrasta da pré temporada, ao ponto de eu ter inclusivamente abordado o problema antes mesmo do campeonato ter começado. Cada um retirará as suas conclusões sobre o grau de responsabilidade do guarda redes, o certo é que se o Benfica foi até agora fortemente penalizado por cada ocasião que consentiu, isso aconteceu sobretudo pela incapacidade de intervenção do seu guarda redes, sendo ou não por responsabilidade do próprio.

Eduardo - Um caso relativamente semelhante ao de Artur, com a agravante de já ter cometido mais erros do que o guarda redes do Benfica. O Braga foi durante algum tempo uma das equipas menos permissivas da Liga em termos de ocasiões de golo, acabando por perder esse estatuto nas últimas jornadas. A verdade, no cômputo geral, é que a equipa não tem sido especialmente penalizada em termos de aproveitamento dos adversários, com muitas ocasiões a não encontrarem o enquadramento com a baliza. Ainda assim, espera-se bastante mais de um dos guarda redes mais conceituados da prova.

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