17.10.13

Análise - dados colectivos defensivos (Jornada 7)

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Depois dos dados ofensivos, reproduzo a mesma análise mas para os indicadores negativos. Em termos gerais e comparando com as primeiras 3 jornadas (quando foi feita a anterior análise), houve um maior controlo (ocasiões de golo) das principais equipas, com excepção do Porto que foi especialmente exposto na visita ao Estoril. Nesta fase, os efeitos do calendário vão-se esbatendo, tornando mais conclusivas as comparações entre as equipas e reduzindo também o impacto do efeito da eficiência na finalização, no desempenho das mesmas. Isto é visível, por exemplo no rácio golos sofridos/ocasiões de golo consentidas, que previsivelmente apresenta menos variações do que no final da 3ªjornada. Já agora, e antes de fazer alguns sublinhados particulares, nota para o facto de Benfica e Sporting serem, respectivamente, as equipas que mais e menos foram penalizadas por cada oportunidade desfrutada pelos seus adversários.

Porto - O Porto mantém-se como a equipa mais forte defensivamente, segundo a generalidade dos indicadores analisados. No entanto, as 5 ocasiões consentidas na visita à Amoreira penalizaram a equipa naquele que será o indicador mais importante, o número de ocasiões de golo consentidas, tendo sido ultrapassado pelo Benfica. Aliás, nesse jogo não só os portistas consentiram 5 das 12 ocasiões em toda prova, como 2 dos 4 golos até agora sofridos.

Benfica - O Benfica continua a ser um caso muito estranho. A equipa passa uma imagem de descontrolo defensivo pelo número de golos que tem sofrido, mas uma análise mais cuidada mostrará que esse mau desempenho resulta fundamentalmente do facto do Benfica ser a equipa que mais é penalizada por cada ocasião de golo consentida. Aliás, se o Benfica continua a ser a equipa com pior registo nesse rácio, a verdade é que as coisas até melhoraram neste período, face ao que se verificava no final da 3ªjornada. Nessa altura, o Benfica tinha sido penalizado com golos em 80% das ocasiões consentidas, baixando nesta altura esse indicador para 64%, o que não deixa de ser o pior valor entre todas as equipas da prova. Ainda neste ponto, um foco para os golos de bola parada, que comprometeram o desempenho da equipa nos últimos 2 jogos (Belenenses e Estoril), mas que resultam precisamente de um aproveitamento pleno por parte das equipas adversárias, já que estas foram as únicas ocasiões que o Benfica consentiu por esta via. Também ao nível dos ataques consentidos, o Benfica está num patamar muito bom, apenas superado pelo Porto.

Sporting - Em contraponto com o Benfica, o Sporting é a equipa que menos foi penalizada por cada ocasião consentida, superando mesmo nesta altura o Gil Vicente, que teve um inicio de campeonato quase miraculoso neste aspecto específico. Aliás, recuperando a análise feita para os dados ofensivos, vemos que o Sporting é a equipa que melhor tira proveito das ocasiões de golo, tanto a nível ofensivo como defensivo, o que ajuda a explicar o melhor desempenho tanto a nível de golos marcados como sofridos. A grande ameaça, aqui, é que será difícil manter estes níveis de aproveitamento, e mesmo se o Sporting permanece no topo da generalidade dos indicadores analisados, o mais provável é que só consiga manter a liderança, quer nos golos marcados, quer nos golos sofridos, se melhorar ainda mais o seu desempenho, para não ficar dependente da eficiência.

Braga - A equipa de Jesualdo Ferreira confirma, também nos indicadores defensivos, o mau período entre a 3ª e 7ª jornadas. Algo que arrasta a equipa para registos bastante modestos e numa altura em que ainda terá de jogar com Porto e Benfica. Há algum trabalho a fazer em Braga para poder realisticamente aspirar a diferenciar-se de outras equipas, nesta altura com patamares exibicionais que não lhe são inferiores.

Rio Ave - Uma nota breve para o Rio Ave, que dentro de um bom desempenho defensivo generalizado, sobressai no capítulo das bolas paradas, onde foi a única equipa que não sofreu golos por essa via. 

Paços F. - Em sentido inverso do Rio Ave, foi o Paços quem mais foi penalizado pelas bolas paradas, representando 7 dos 13 golos sofridos e 11 das 14 ocasiões consentidas. Costinha já alterou, até, o método de defender os pontapés de cantos (de hxh para zona), mas a verdade é que o Paços foi muito penalizado neste capítulo específico e mais do que qualquer outra equipa da Liga.

Belenenses - Uma nota muito positiva para a equipa do Restelo, que vem melhorando muito as suas prestações defensivas. A subida na tabela classificativa não foi um acaso e as perspectivas são hoje bem melhores do que eram ao fim da 3ª jornada.

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