15.10.13
Análise - dados colectivos ofensivos (Jornada 7)
Aproveito esta paragem de competição na Liga para actualizar a Análise que havia feito na terceira jornada. Começo com os Dados Colectivos Ofensivos, e nos próximos dias acrescentarei os dados defensivos e também os dados individuais, nomeadamente relativamente aos jogadores mais desequilibradores e aos guarda redes da Liga 13/14.
Relativamente a esta primeira análise, destaque para alguma perda de fulgor ofensivo das principais equipas, comparativamente ao que se havia registado no final da terceira jornada. Aqui ficam alguns destaques:
Porto - A variação dos indicadores nestas últimas 4 jornadas, quer de ocasiões de golo quer de posse de bola, confirmam a ideia de uma perda de qualidade em termos exibicionais. Apesar disso, o Porto continua a justificar claramente a liderança no campeonato, sendo a equipa que mais ocasiões de golo criou e também aquela que mais domínio impôs nos seus jogos.
Sporting - O melhor ataque da prova explica-se fundamentalmente pela excelente eficiência do seu ataque, sendo a equipa com melhor rácio golos/ocasiões. Para este rendimento contribui, como já vimos, o desempenho de Montero, mas também o bom aproveitamento nos lances de bola parada (Montero é também aqui um protagonista). Mesmo assim, o Sporting manteve-se como o clube mais próximo do Porto na generalidade dos indicadores, o que confirma que o seu rendimento ofensivo tem consistência para se manter entre os melhores da prova.
Benfica - Caiu mais do que os rivais em termos de ocasiões de golo. No entanto, teve um melhor aproveitamento das ocasiões criadas, o que já era previsível em face do baixíssimo valor que esse rácio apresentava à terceira jornada. Neste particular, destaque para os golos de bola parada, que apareceram neste período, ao contrário das primeiras 3 jornadas. E o Benfica é a equipa que mais ocasiões criou por esta via. De todo modo, face às suas próprias exigências, este é ainda um desempenho ofensivo abaixo do esperado.
Braga - Se ao fim dos primeiros 3 jogos, o Braga mantinha um rendimento ofensivo muito próximo dos "grandes" em praticamente todos os indicadores, essa avaliação não pode já ser feita nesta altura, com uma série bastante negativa nas últimas 4 jornadas. O dado mais preocupante para o Braga vai para o facto de ter ainda de defrontar algumas das principais equipas nesta primeira volta, o que não confere um cenário favorável.
Paços Ferreira - O último classificado do campeonato melhorou em praticamente todos os indicadores, acabando mesmo por ser a quarta equipa em termos de volume de posse de bola e finalizações. Estes indicadores, porém, carecem de correspondência qualitativa. Ou seja, às finalizações não corresponde um grande volume de ocasiões, e à posse de bola não corresponde uma grande presença no último terço adversário. Seja como for, é um desempenho que indica haver capacidade mais do que suficiente para retirar a equipa da posição onde está.
V.Guimarães - Uma nota para a modéstia do desempenho do Vitória em termos ofensivos, algo que se explica em parte pelos confrontos com Benfica e Porto neste ciclo, mas também pelo perfil que tem caracterizado os seus jogos, com poucas ocasiões de parte a parte. Ou seja, o Vitória justifica o bom desempenho na liga pelo lado defensivo, como veremos na próxima análise. Seja como for, é de esperar que a equipa possa produzir mais, nomeadamente ao nível das ocasiões de golo.
Olhanense - Temos o caso do Gil Vicente, já destacado nas primeiras 3 jornadas, mas cujo instinto de sobrevivência não só menorizou os danos para a equipa de Barcelos, como potenciou ganhos. Temos também o caso da Académica, que tem um aproveitamento muito baixo das oportunidades criadas e tem ainda de defrontar Benfica e Porto nesta primeira volta. Mas será talvez o caso do Olhanense que mais apreensão justificará. As dificuldades da equipa foram já muitas nestes primeiros 7 jogos, sendo que o calendário inclui ainda alguns embates muito complicados nesta primeira volta, compondo um cenário de expectativas preocupantes.