8.10.13

A estreia de Herrera e o não-problema do meio campo

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Após a primeira derrota na temporada, a estreia de Herrera. Sobre o grau de causalidade entre as duas situações, apenas Paulo Fonseca poderá precisar, mas o facto é que essa foi a única medida vísivel por parte do treinador no jogo que imediatamente se seguiu à recepção ao Atlético de Madrid.

Herrera fez um jogo positivo, sem dúvida, mas sem que acrescentasse nada de novo ao que já se havia visto na pré época - e conheço o jogador apenas da pré época - mantendo, por isso, o que sobre ele havia escrito no final do ciclo preparativo da equipa. Ou seja, Herrera será a solução mais próxima de Defour na capacidade de oferecer mobilidade à posição, sendo igualmente um jogador que me parece ter uma boa capacidade de intervenção defensiva. Agora, se Herrera é uma mais valia em relação a Defour? Pode ser até que o venha a mostrar com maior tempo de jogo, mas para já não vejo qualquer fundamento para essa conclusão.

Sobre o meio campo do Porto, aliás, parece-me que o plantel oferece boas soluções e de qualidade não muito dispar. Fernando será a unidade com um perfil mais posicional, e a sua presença numa estrutura que contempla dois médios defensivos, e não apenas um como até aqui, acaba por exigir um elemento que o consiga complementar, oferecendo maior mobilidade à posição. Daí este enfoque dado à movimentação do segundo médio. O que não concordo, porém, é com a ideia de que seja a partir da dupla de médios que o Porto pode evoluir a partir do ponto em que se encontra. A não ser que Paulo Fonseca reveja o seu modelo, o que dificilmente acontecerá, a primeira prioridade de qualquer dos dois médios será sempre o equilíbrio posicional e a primeira fase de construção, seja com Defour, Herrera, Lucho ou Josué. O problema do Porto, a meu ver, continua a ser demasiado óbvio para ser confundido ou ignorado, e tem a ver com aquilo que a equipa não consegue extrair dos seus extremos. A esmagadora maioria das ocasiões tem a marca de Jackson, Lucho e Quintero, mas muito poucas continuam a ser protagonizadas pelos extremos. Olhar para o meio campo perante o rendimento presente dos extremos, na equipa do Porto, é como ir à procura da pulga quando ainda não se conseguiu encontrar o elefante.

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