31.10.13

William Carvalho, Matic e o critério do pivot

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Como idealizar o papel do pivot no jogo ofensivo da equipa? Talvez seja exagerado fixar um perfil e uma resposta para a questão. Porque, como sempre, cada caso é um caso, e cada equipa, cada modelo, terá de encontrar uma resposta para o seu caso específico. Ainda assim, se a ideia é envolver o pivot no inicio de construção, há preocupações e prioridades que são transversais e incontornáveis em qualquer contexto. Num primeiro impulso, talvez a tentação seja valorizar a capacidade de passe por forma a maximizar o potencial ofensivo nessa fase do jogo. Mas um pivot, digo eu, tem outras preocupações para além do potencial ofensivo, nomeadamente a segurança em posse numa fase ainda bastante atrasada do jogo, e onde um bom passe...

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30.10.13

Benfica: Cardozo o mais eficiente entre os finalizadores

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Uma análise aos finalizadores do Benfica revela, sem surpresa, o bom inicio de temporada de Cardozo em termos de aproveitamento das oportunidades de golo desfrutadas. Aliás, com a participação nos dois golos frente ao Nacional, Cardozo superou mesmo Lima em termos de envolvimento directo nos golos da equipa (assistências e golos marcados), sendo que o paraguaio se destaca sobretudo pelo maior número de golos marcados, enquanto que Lima vem sendo mais influente no capítulo das assistências. É no aproveitamento oportunidades finalizadas, porém, que Cardozo mais se tem destacado das demais opções utilizadas por Jesus até ao momento. A inspiração do paraguaio, neste particular, tem contrastado com o menor acerto de Lima e...

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29.10.13

Porto - Sporting: filme táctico do clássico

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28.10.13

Porto - Sporting: O equilíbrio desfez-se pela qualidade

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Equilíbrio desfeito pela qualidade - Se por um momento nos abstrairmos dos golos e olharmos apenas à generalidade dos restantes indicadores - ocasiões de golo, posse de bola, finalizações - não podemos concluir outra coisa que não seja o equilíbrio entre as duas equipas. É claro que este exercício parte de um pressuposto que lhe retira boa parte da pertinência, sendo o golo não apenas o mais relevante dos indicadores, mas também o único que efectivamente condiciona a postura das equipas ao longo do jogo. E aqui entramos na relativização do equilíbrio, já que olhando para a perspectiva portista o jogo foi quase sempre disputado em vantagem no marcador, sendo que quando isso não aconteceu o Porto foi extremamente célere em...

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25.10.13

5 Jogadas (Porto e Benfica)

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Jogada 1 - Uma jogada que ajuda a ilustrar o risco que a estratégia de Paulo Fonseca assumiu em termos defensivos. Num primeiro momento, a liberdade oferecida ao lateral do Zenit, com Jackson a ter a responsabilidade de ajustar o posicionamento, sendo ele próprio a tentar condicionar a progressão do seu adversário. Num segundo momento, é Fernando quem se aproxima do corredor, abandonando Jackson o acompanhamento ao lateral. Nesse instante, é visível como o Porto tem apenas 6 jogadores atrás da linha da bola, rivalizando com o mesmo número de adversários do Zenit, apesar de estar em plena organização defensiva. Nota ainda para o desgaste que esta opção implicou em diversas unidades da equipa portista, algo que se percebe...

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24.10.13

Benfica: a gritante falta de intensidade e a linha de 6

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Relativizando com o grau de dificuldade, não me parece descabido considerar esta a pior exibição do Benfica na temporada. Ou melhor, os piores 45 minutos, porque as condições de jogo determinaram uma segunda parte de contexto demasiado atípico para ser comparável. Não se trata aqui de subestimar o Olympiakos - que, aliás, até mostrou mais qualidade do que o próprio Benfica - mas antes de considerar que aquilo que fez o Benfica ficou demasiado aquém das suas possibilidades. Em particular, foi absolutamente surpreendente a falta de intensidade revelada pelos jogadores. E por "intensidade", não me refiro à velocidade ou agressividade, mas à concentração e contundência com que os jogadores abordaram cada jogada. Era, por exemplo,...

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23.10.13

A reacção de Paulo Fonseca à inferioridade numérica

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A perda precoce de Herrera não só trouxe uma nova e inesperada realidade ao jogo, naturalmente desfavorável para as aspirações portistas, como acrescentou também um desafio à equipa de Paulo Fonseca. Como jogar em inferioridade numérica? Confesso que a opção do treinador me surpreendeu. Esperaria que recuasse Lucho para o lado de Fernando e que se organizasse em 4-4-1, perdendo naturalmente presença pressionante sobre a primeira fase de construção do Zenit, mas mantendo a protecção dos espaços essenciais. Com bola, por outro lado, talvez fosse de esperar que o Porto se mantivesse fiel ao seu ponto forte, mantendo o foco na posse e circulação, mesmo que isso implicasse, obviamente, perda de presença numa fase mais adiantada...

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22.10.13

De Patrício a Artur (Ranking dos Guarda Redes)

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Concluo esta série de análises ao que até agora se tem passado na Liga Portuguesa, com um ranking dos guarda redes em prova, tendo no entanto apenas incluído os mais utilizados de cada clube. De esclarecer que a análise é centrada nas ocasiões de golo que são consideradas em cada jogo e não há aqui qualquer introdução de critério de grau de dificuldade para a intervenção do guarda redes. A ideia é que a prazo, os melhores acabarão por defender mais vezes e sofrer menos golos, e por isso quanto mais tempo de jogo houver (e mais ocasiões), maior será a validade da análise. Para além dos elementos aqui apresentados, o ranking contempla também uma penalização quando se considera que a ocasião foi, pelo menos em parte,...

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21.10.13

Jackson (Porto), o mais claro caso de "dependência"

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O objectivo é perceber o nível de influência dos mais importantes protagonistas em cada uma das equipas da Liga, considerando dois eixos de análise: participação directa nos golos da equipa (assistências e golos, excluindo aqueles que foram marcados de penálti) e ocasiões de golo. Olhando para os dados apresentados, há 3 jogadores que sobressaem no nível de influência que conseguiram na produção ofensiva das respectivas equipas: Jackson (Porto), Derley (Marítimo) e Cardozo (Setúbal). Quer ao nível da participação directa nos golos, quer nas ocasiões de golo, estas 3 individualidades conseguem uma presença em mais de metade da produção colectiva. Aqui, Jackson consegue um destaque ainda maior, ultrapassando os 60% de...

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18.10.13

Os mais desequilibradores da liga, análise (Jorn. 7)

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Depois dos dados colectivos, actualizo também os dados individuais, numa análise que, recordo, é centrada nas ocasiões de golo e na participação dos vários jogadores nas mesmas. O ranking individual é feito a partir de uma valorização dada a cada ocasião, golo, assistência e mesmo penáltis. Naturalmente, golos e assistências têm o maior peso nesta classificação. Aqui ficam alguns destaques individuais: Jackson - Continua com um rendimento impressionante justificando, na minha opinião e com grande distância, o estatuto de melhor jogador neste inicio de temporada. Se o Porto é o líder da prova, de facto, deve-o muito ao rendimento do seu avançado. Jackson tem participação em 22 das 36 ocasiões claras de golo da equipa,...

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17.10.13

Análise - dados colectivos defensivos (Jornada 7)

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Depois dos dados ofensivos, reproduzo a mesma análise mas para os indicadores negativos. Em termos gerais e comparando com as primeiras 3 jornadas (quando foi feita a anterior análise), houve um maior controlo (ocasiões de golo) das principais equipas, com excepção do Porto que foi especialmente exposto na visita ao Estoril. Nesta fase, os efeitos do calendário vão-se esbatendo, tornando mais conclusivas as comparações entre as equipas e reduzindo também o impacto do efeito da eficiência na finalização, no desempenho das mesmas. Isto é visível, por exemplo no rácio golos sofridos/ocasiões de golo consentidas, que previsivelmente apresenta menos variações do que no final da 3ªjornada. Já agora, e antes de fazer alguns...

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16.10.13

Selecção (II) - Playoff e a sensibilidade da equipa

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Playoff- O presente da Selecção resume-se, por agora, ao playoff de apuramento para o Mundial. Um desafio suficientemente relevante só por si, mas que cresce ainda de importância se considerarmos a incerteza em torno da evolução do potencial da equipa... pode dar-se o caso de que seja, em muitos anos, a derradeira oportunidade de partir para um Mundial com hipóteses realistas de fazer figura. Sobre o playoff, já me referi à incerteza (e aos "unknown unknowns") que existe em torno de uma decisão definida em apenas 180 minutos de futebol, pelo que para além do mérito próprio, também estamos já dependentes da boa vontade dos astros. A começar pelo sorteio, onde desde logo boa parte das probabilidades de apuramento ficarão definidas. A...

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15.10.13

Análise - dados colectivos ofensivos (Jornada 7)

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Aproveito esta paragem de competição na Liga para actualizar a Análise que havia feito na terceira jornada. Começo com os Dados Colectivos Ofensivos, e nos próximos dias acrescentarei os dados defensivos e também os dados individuais, nomeadamente relativamente aos jogadores mais desequilibradores e aos guarda redes da Liga 13/14. Relativamente a esta primeira análise, destaque para alguma perda de fulgor ofensivo das principais equipas, comparativamente ao que se havia registado no final da terceira jornada. Aqui ficam alguns destaques: Porto - A variação dos indicadores nestas últimas 4 jornadas, quer de ocasiões de golo quer de posse de bola, confirmam a ideia de uma perda de qualidade em termos exibicionais. Apesar...

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14.10.13

Selecção (I) - Erros, sistema e opções

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Erros que acontecem ou... que não podem acontecer? - Sobre o erro de Rui Patrício, estou obviamente de acordo de que é um disparate fazer a diabolização de um lapso pontual, mas parece-me igualmente uma hipocrisia que se desvalorize a sua importância na definição do resultado, ou que depois se dramatize em torno do mau resultado da Selecção, afinal em grande parte definido por esse lance. Porque, se é verdade que Portugal não fez um grande jogo sob vários aspectos, ninguém tenha a menor dúvida de que se a vitória tivesse sido conseguida, o volume das críticas seria nesta altura infinitamente inferior. Ou seja, se a carga negativa do erro de Rui Patrício não foi directamente descarregada no guarda redes, foi seguramente transferida...

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11.10.13

5 jogadas (Benfica, Sporting, Bayern e Tottenham)

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Jogada 1 - Começo pelo lance do golo do Benfica, que surge na sequência de um bom entendimento sobre o corredor esquerdo, entre Gaitan e Siqueira. O movimento de Gaitan, baixando para a linha média, é essencial porque atrai o acompanhamento do lateral, abrindo o espaço que depois Siqueira irá aproveitar. Aqui, nota também para a dificuldade de cobertura sobre a área potenciada por esta dinâmica, por parte do Estoril, em particular para a linha média, incapaz de reagir a tempo de auxiliar a zona defensiva, quer sobre o corredor lateral, quer também na zona central. Uma fragilidade que decorre da tentativa da equipa de Marco Silva em fazer um condicionamento alto do jogo, usando para isso um bloco curto e com poucas linhas....

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10.10.13

Só o Gil tem surpreendido mais do que o Sporting!

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Recupero este de tipo de análise de outras ocasiões. A ideia é comparar a performance real das equipas com a expectativa que sobre elas havia a cada jogo. Para tal, recorro aos prémios médios oferecidos pelas casas de apostas para cada jogo, sendo possível a partir dessa avaliação retirar quer as expectativas, quer de pontos, quer de golos marcados e sofridos por cada equipa. No passado, fiz esta análise centrada nos treinadores, e poderei voltar a essa abordagem no futuro, até porque me parece ser mais interessante. Nesta altura, porém, ainda não houve jogos após alterações no comando técnico das equipas (à excepção do caso de Van der Gaag, claro), sendo por isso indiferente centrar a análise nas equipas ou nos treinadores. Relativamente...

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9.10.13

Fredy vs Jackson: Montero muito mais eficiente, mas...

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À margem da performance colectiva, este inicio de campeonato proporcionou um interessante despique na tabela dos melhores marcadores, com Montero na frente desde a primeira jornada, mas com Jackson Martinez sempre por perto, sendo que ambos os avançados colombianos têm mantido uma frequência de concretização extremamente elevada. Montero muito mais eficiente Para efeitos de análise, e como sempre, parece-me bastante mais útil ignorar os golos obtidos da marca de grande penalidade, e a esse condicionalismo junto ainda a comparação com o número de ocasiões finalizadas. É recorrendo a este último indicador que percebemos que, embora Montero e Jackson pareçam casos quase gémeos quando olhamos apenas para os golos marcados,...

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8.10.13

A estreia de Herrera e o não-problema do meio campo

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Após a primeira derrota na temporada, a estreia de Herrera. Sobre o grau de causalidade entre as duas situações, apenas Paulo Fonseca poderá precisar, mas o facto é que essa foi a única medida vísivel por parte do treinador no jogo que imediatamente se seguiu à recepção ao Atlético de Madrid. Herrera fez um jogo positivo, sem dúvida, mas sem que acrescentasse nada de novo ao que já se havia visto na pré época - e conheço o jogador apenas da pré época - mantendo, por isso, o que sobre ele havia escrito no final do ciclo preparativo da equipa. Ou seja, Herrera será a solução mais próxima de Defour na capacidade de oferecer mobilidade à posição, sendo igualmente um jogador que me parece ter uma boa capacidade de intervenção...

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7.10.13

Estoril - Benfica: Sofrimento não tem de ser defeito

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O desgaste de Jesus - O Benfica, e Jorge Jesus, estão enredados numa teia da qual já será muito difícil escapar. Não, não se trata de nenhuma nova teoria conspirativa, mas antes da pressão mediática que coloca o treinador em constante ponto de mira por parte de cada vez mais adeptos e críticos. Existem, obviamente, pontos em que esses reparos são justificáveis, mas há também toda uma série de análises que se vão generalizando e que tendem a estabelecer todo e qualquer nexo de culpabilidade do treinador relativamente ao que de menos positivo possa suceder. Tem tudo que ver com o lado emocional do futebol, enquanto fenómeno social, e quanto maior vai sendo o desgaste mediático do treinador, mais forçada e sofismável se torna...

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4.10.13

5 jogadas (Benfica, Porto, Sporting e Man City)

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Jogada 1 - Começo com a jogada do primeiro golo do PSG, até porque discordo da análise que vi ser feita, em particular relativamente à responsabilização atribuída a Gaitan. E, começando por esse ponto, aquilo que não me parece fazer sentido é pedir que um jogador mantenha o acompanhamento individual, neste caso a Van der Wiel, quando o comportamento colectivo passa por subir imediatamente após o passe atrasado, de forma a fazer uso da linha de fora de jogo. Ou seja, ou se pede ao jogador para manter esse acompanhamento individual, e aí tem de se desprezar o comportamento colectivo, ou para manter o comportamento colectivo, não se pode depois questionar o acompanhamento individual. No caso do Benfica, não tenho dúvidas de...

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3.10.13

A estranha estratégia de Jesus!

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Não está em causa a derrota, nem sequer a superioridade do PSG. Perder em Paris, nos dias que correm, tem de facto de ser considerado normal. O que é mais preocupante, porém, é a impotência gritante que o Benfica revelou perante o seu adversário. E, aqui, mais do que uma chuva de oportunidades do PSG, há que sublinhar a facilidade com que os parisienses jogaram, como e onde quiseram. Porque se é verdade que as oportunidades até nem foram assim tantas, também me parece indiscutível que essa nunca foi a prioridade da equipa de Laurent Blanc, a partir do momento em que se viu em vantagem, logo aos 4'. E aqui, entramos na estratégia de Jesus, que é o que torna tudo um pouco mais grave para o Benfica. Porque se o PSG teve uma...

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2.10.13

Porto - Atlético - Um "David" transformado em "Golias"

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O "Golias" Atlético - Parece-me importante, antes de mais, contextualizar o adversário que o Porto teve pela frente. O Atlético não tem o prestigio, nem tão pouco as figuras de pelo menos uma dezena de equipas do futebol europeu actual. Para mais, o Porto habituou-se a dar-se bem com este adversário, até quando nas suas fileiras surgiam nomes bem mais assustadores, como Aguero e Forlan. É normal, por tudo isto, que a ideia errada passe facilmente. Na minha opinião, porém, o Atlético tem de figurar entre as 5 melhores equipas mundiais da actualidade. Não pelo valor individual ao seu dispor, nem tão pouco pelo lado estético do seu jogo, mas antes porque não consigo creditar a mais equipas a capacidade de fazer os resultados...

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1.10.13

Benfica, e o mito do crescimento exibicional

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O empate caseiro do Benfica tem de surgir como uma surpresa particularmente difícil de explicar, à luz do "crescimento" que recentemente foi sendo creditado à equipa, durante a série de vitórias que se iniciou após o derbi. Não há dúvidas quanto à reduzida previsibilidade deste resultado, e seria uma hipocrisia da minha parte afirmar o contrário perante um jogo entre equipas de valor tão dispar, mas fui sempre aqui discordando da ideia de uma melhoria exibicional comparativamente com os primeiros jogos da temporada, e creio mesmo que essa imagem que erradamente foi passando poderá não ter favorecido a equipa neste novo deslize pontual. Reforçando que não há da minha parte uma visão fatalista do resultado, aliás muito...

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