Se aspecto que gerou polémica durante o Euro 2008 foi a questão das bolas paradas. Se bem se lembram, por causa deste golo, sofrido contra a Rep.Checa, começaram a levantar-se vozes de alerta para as debilidades de Portugal nesse capítulo. Na altura tive a oportunidade de escrever isto sobre o assunto, defendendo a tese de que a origem do problema não estava no método (homem-a-homem), antes sim na qualidade da sua interpretação. O destino seria particularmente severo para a Selecção neste aspecto, caindo aos pés da Alemanha com 2 lances de bola parada onde Ballack e Klose aproveitaram uma série de erros incompreensíveis.
Entretanto Scolari rumou a Inglaterra e ao Chelsea. Os londrinos sempre defenderam as bolas paradas com uma marcação homem-a-homem e Scolari não mudou esse aspecto. A recente série de maus resultados dos “blues”, porém, voltou a trazer para Scolari o fantasma das bolas paradas. No último fim de semana, 2 golos do United foram conseguidos dessa forma, com Vidic e Berbatov a finalizar. Na conferência de imprensa seguinte, antecedendo o confronto de ontem para a Taça, Scolari anunciou, finalmente, a mudança que alguns há muito lhe pediam. Numa comunicação muito gestual e com grandes dificuldades de verbalização, Scolari confessou que a necessidade de mudança levara-o a alterar o método, enunciando a máxima dos mais acérrimos defensores do método zona. Agora, tudo seria diferente. Já não seriam os jogadores os responsáveis pelos erros, mas sim ele, como representante máximo do colectivo (como se não fosse cada jogador individualmente responsável por uma zona!).
O jogo começou, veio um canto e sucedeu... isto!