- Este é o tipo de jogos que, na minha opinião, justifica alguma reflexão por parte de quem organiza as competições internacionais, dada a atrocidade que é a diferença as duas equipas. Desta disparidade de forças deriva o desinteresse do jogo para além do próprio resultado e de uma ou outra apreciação individual. Colectivamente, simplesmente, não é possível tirar grandes conclusões a nível qualitativo.
- Sem prejuizo do ponto anterior, fica a sensação de uma atitude positiva e concentrada, que vai de encontro ao discurso de Queiros antes do jogo. Importante neste aspecto é perceber também a importância da eficácia (e do primeiro golo) para se chegar a uma exibição positiva.
- Quanto às novidades face ao passado, em jogo (e não em treino), elas são ainda escassas. O sistema é o mesmo (será que vai mudar?) e a única distinção mais visivel vai para as opções individuais. Aqui tenho algumas dúvidas quanto á persistência de algumas apostas. Começando pela mais evidente, Antunes, cuja qualidade, independentemente do pé com que executa, não me parece ser suficiente para a titularidade na Selecção. Depois as dúvidas no meio campo. Meireles é uma opção compreensível mas parece-me que o 6 lhe retira amplitude de acção, talvez a sua melhor característica. Diferente é o caso de Carlos Martins que, sendo um bom jogador, não me parece ser a melhor das soluções lusas para a titularidade. Finalmente na frente a opção Hugo Almeida parece ganhar consistência. A grande dúvida é perceber o que fará Queiros à sua frente de ataque quando regressar Ronaldo que, segundo ele, “tem que ser” avançado...
- Nota final para as bolas paradas defensivas. Aparentemente não vai haver mudança em relação ao método homem-a-homem tão oportunisticamente criticado durante o Euro. Se levasse a sério algumas opiniões de há 3 meses diria que este é um pequeno suicidio de Queiros. Não levo, felizmente.