28.2.12

A especificidade do Braga

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Não é a primeira vez que me refiro a ela mas, ainda assim, merece nova referência. A especificidade do jogo do Braga. Em organização, largura à direita, profundidade à esquerda. A ideia é começar sobre a esquerda, para onde cai Viana, como que esticando o campo, entre a bola e o destino preferencial da jogada, o corredor direito. Assim, é potenciada a construção longa de Viana e o extremo mais forte, Alan (ausente neste jogo, mas sem que o quadro geral se alterasse por isso). Lima aproxima à esquerda no inicio da jogada e assim beneficia também ele dos espaços laterais criados, para atacar a zona de finalização. Tudo isto em organização, onde a equipa actualmente se sente muito bem, pela confiança que foi acumulando, mas...

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27.2.12

James...

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- Há um bom tempo que não o imaginava possível, mas o clássico chega mesmo com tudo empatado. E, com um sorriso do destino, o Porto materializa a recuperação do atraso precisamente frente ao mesmo adversário contra quem começara a defini-lo. Do jogo emerge, mais uma vez, James. Realmente, não percebo muito bem que fique fora dos principais eleitos (por critério meramente técnico, isto é), se tivermos em conta o rendimento do colombiano. James é o jogador com maior influência directa nos golos marcados na liga, se considerarmos golos e assistências, descontando penaltis. A sua utilização foi um ponto de interesse das variações tácticas da equipa durante o ano, e não me parecendo que essa seja uma discussão fechada, também...

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26.2.12

Eficácia e não só

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- Não há muita volta a dar... quem falha tantas ocasiões, tem sempre de olhar para a eficácia quando perde pontos e, ainda por cima, num empate a zero. Agora, será apenas da eficácia? Talvez não. Primeiro, o lado emocional. Já escrevi algumas vezes sobre a invulgar volatilidade das equipas de Jesus, algo que se constata em praticamente todas as épocas do treinador, e que vinha tendo esta temporada como principal excepção. Até agora. Depois das 2 derrotas, o terceiro jogo sem ganhar trouxe também a segunda vez em que Jesus regista dois jogos sem marcar. Tudo de repente, e de seguida. Essa inconstância pareceu ser o principal foco de Jesus para a nova época, quer pela forma como procurou encontrar uma solução mais equilibradora...

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24.2.12

Controlo

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- "Prefiro jogar para ganhar 5-4, do que para ganhar 1-0!". A frase é comum e certamente sedutora numa primeira análise, mas como tantas coisas na opinião que se generaliza, não se vislumbra qualquer enquadramento prático no que à realidade do jogo diz respeito. Não há equipas que ganhem 5-4, 4-3 ou 3-2 por sistema. Mas há equipas - várias - que sustentam séries longas vitoriosas em resultados como 1-0 ou 2-1. Tudo isto para falar do controlo, a grande novidade no jogo do Sporting, frente ao Legia. Dificilmente alguém pode ter achado que a equipa alguma vez esteve próximo do golo, o que não constitui novidade face à trajectória recente, mas também não creio que alguma vez se tenha justificado o sentimento de ameaça perante...

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22.2.12

Do City of Manchester para a Luz

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- Há equipas contra quem lançar a toalha não acaba com o sofrimento, apenas o agrava. Não há muitas, mas nos tempos que correm, o City é uma delas. Há duas formas de ver as coisas: uma é pensar que os erros individuais determinaram uma eliminatória que até poderia ter sido equilibrada. A outra, é pensar que se o incidente do segundo golo tivesse surgido mais cedo, a coisa poderia ter acabado de forma ainda mais embaraçosa. A fase da temporada, porém, não justifica que se perca muito tempo a olhar para trás. Em breve jogar-se-á tudo e não há outro remédio que não seja concentrar todas as atenções nos embates decisivos que se aproximam, particularmente o da Luz. O clássico ainda não começou, mas já se joga. Começou a jogar-se...

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A identidade napolitana

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- Não sei se será da má fase, mas Villas Boas quase que antecipou a derrota antes da mesma, ao dizer na antevisão da primeira mão que a eliminatória poderia ser invertida na segunda. E pode, pelo que convém não dar as coisas como terminadas. Ainda assim, é sobre o Nápoles que quero escrever, coisa que já estive para fazer, mas que por falta de oportunidade acabou por não acontecer. Não pode ser nunca um candidato, claro, porque não tem potencial para isso, mas parece-me ter todas as características para ser um perigoso "outsider". Porque tem uma filosofia de jogo muito ajustada ao tipo de jogos da competição, porque é fortíssimo dentro da sua proposta e porque beneficia, depois, de um ambiente muito favorável quando joga...

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20.2.12

Jesus e o Vitória

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Tentarei trazer algo especifico sobre o jogo, assim que o analisar com mais pormenor, mas para já partilho apenas duas reflexões... - Jesus. Perder 2 vezes seguidas no Benfica só lhe tinha acontecido no pesadelo do inicio de época da época passada. Podem ser duas derrotas irrelevantes no balanço final da época, e até é provável que o sejam. O Benfica pode, obviamente, ultrapassar o Zenit, e embora tenha perdido agora uma margem importante, continua a ter uma situação muito favorável para recuperar o título. Mas perdeu margem, isso é claro. A minha reflexão sobre Jesus tem a ver com o "timing" da sua entrada no Benfica, que me parece ter sido perfeito, quer para ele, quer para o próprio clube. Isto porque Jesus chegou depois...

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Dúvidas sobre cabeceadores...

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- Sem competitividade, é mais difícil ter interesse. E quando uma equipa tão superior dobra a vantagem aos 25 minutos, dissolve-se toda a competitividade que um jogo poderia ter. O Porto e Vitor Pereira é que não devem ter sentido falta do interesse ou da competitividade. Aliás, até os devem ter temido quando Meyong reduziu. Enfim, a minha principal nota do jogo vai para mais um golo de Janko. Para aqueles que, como eu, viveram os anos do seu domínio no futebol português, qualquer golo de cabeça marcado com uma facilidade inverosímil nas costas dos centrais, traz imediatamente à memória a figura de Mario Jardel. Acho que da mesma maneira que gerações anteriores ficaram marcadas pelos "golos à Eusébio", a minha tem os "golos...

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19.2.12

Fragilidade...

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- A situação do Chelsea de Villas Boas pode ser um bom exemplo da não linearidade das consequências no futebol. Ok, vamos assumir que as circunstâncias não foram favoráveis e que algo (para o efeito, não interessa precisar) correu mal. Que consequências teríamos? Numa hipótese de linearidade, não creio que qualquer circunstância fosse suficiente para vermos um Chelsea tão vulnerável como aquele que temos visto. Não faltam exemplos, semelhantes, ocorrendo-me de forma clara o caso do Feyenoord no ano anterior. Para quem está familiarizado com as reflexões de Nassim Taleb (a figura tem essa proveniência), diria que o futebol é seguramente Frágil. - Ainda no Chelsea, é curioso como Villas Boas e Domingos, partilharam o climax...

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17.2.12

É outro campeonato...

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- Muito semelhante o jogo do Sporting, em relação ao do Benfica, 24 horas antes. A diferença maior será mesmo o golo que o Benfica ofereceu quando parecia ter já extraído empate tão generoso como o que o Sporting agarrou. É claro que o Zenit não é o Legia, e as dificuldades do Sporting parecem ter como explicação uma abordagem menos ajustada da equipa, em relação à do próprio Benfica. Afinal, que tempo teve a nova equipa técnica para preparar este jogo? Ver um Sporting a parecer fazer uma aprendizagem "on the job", com todos os riscos que isso tem, voltou a fazer-me coçar a cabeça sobre o timing desta mudança técnica: Na situação do Sporting, foi quase como mudar de equipa técnica a 3 dias de uma final: foi mesmo só por...

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16.2.12

Factor casa

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- O factor casa... Por vezes é ingenuamente desprezado nos discursos, mas raramente o é no campo de jogo. Desta vez, havia mais do que factores psicológicos a condicionar as aspirações do Benfica. Foi um jogo terrível, de sucessivos duelos, acelerações repentinas e uma fluidez quase nula. Tudo isto, claro, perante um adversário muito mais adaptado. 3-2 não é um bom resultado, mas dadas as incidências foi tudo menos mau. Na Luz, claro, tudo será diferente, não querendo isto dizer que forçosamente venha a correr bem. Impressionante o caso de Cardozo: não tem a agressividade exigível, não dá sequência a praticamente nenhum lance que passa por si, mas, depois, é ele que está nos lances decisivos. Não foi a primeira, nem será...

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14.2.12

O regresso da Europa

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- Não é uma fase final de Champions que levante grandes expectativas. Antes dos oitavos de final, 66% do favoritismo era reservado para os dois grandes de Espanha, e dificilmente alguém imaginará um cenário distinto desse. O aliciante especial neste ano está em perceber se o Barça será capaz de fazer aquilo que nenhuma equipa conseguiu desde que a Champions é "Champions", ou seja, ganhar por dois anos consecutivos. Seria, no fundo, a materialização em termos de títulos de um feito condizente com aquilo que a equipa representa para os anos que passaram. Tudo parece óbvio, mas é só quem tiver muita falta de memória poderá menosprezar os caprichos em que o futebol é fértil em provas destas características. - Entretanto, na...

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Domingos por Sá Pinto

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A decisão... O divórcio não era um cenário que colocasse de parte, mas com a iniciativa a partir sempre do lado de Domingos, que era, a meu ver, quem mais perdia com o actual estado da ligação. Estranho que parta da direcção do Sporting a decisão, por um lado porque na divisão de responsabilidades é uma decisão que expõe mais quem dirige do que o próprio treinador, e, por outro, porque não faz qualquer sentido alguém escolher um treinador para meia época depois colocar em causa a sua competência. Percebe-se que a emotividade dos adeptos leve à volatilidade de opiniões, em que o mesmo treinador passa de competente a incompetente em função da onda de resultados ou empatias, já não se pode dizer o mesmo de quem tem a responsabilidade...

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13.2.12

A circulação baixa do Marítimo

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Terá sido, aos meus olhos, o aspecto mais marcante do ponto de vista táctico, no jogo. O que define o resultado é uma discussão menos trivial, sendo impossível de rivalizar, por exemplo, com o peso fatídico de lapsos pontuais, como o erro de Patrício, ou a escorregadela de Xandão, mas no que respeita à definição do balanceamento do jogo, ao que marcou o ascendente do Marítimo e as dificuldades de imposição do Sporting, nenhuma fase do jogo terá contribuído tanto como a circulação baixa dos insulares. Foi uma situação que se repetiu sucessivamente no inicio do jogo e que estaria, inclusivamente, na origem do lance do segundo golo, mesmo numa altura em que a resposta das equipas era já bastante diferente daquilo que acontecera...

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1.2.12

Gil Vicente - Porto: opinião e estatística

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- A introdução não varia muito daquilo que tantas vezes refiro: depois de vista, a derrota pode parecer uma fatalidade óbvia, mas essa conclusão terá mais a ver com a perspectiva do observador do que com o objecto de observação em si mesmo. O aspecto que me parece mais importante realçar, do ponto de vista do jogo portista, é o mesmo de jogos anteriores, e tem a ver com a dificuldade da equipa em criar situações de maior proximidade com o golo, independentemente do domínio territorial que consegue (ou lhe é concedido, como foi o caso). Isso já acontecera em jogos anteriores, mas desta vez houve dois factores que me parecem ter contribuído especialmente para que tudo se complicasse do ponto de vista do resultado. O primeiro...

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