27.4.11

Uma meia final dispensável (breves)

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- A boa notícia é que se tornou altamente improvável termos o Schalke na final. A má notícia são os desinteressantes 90 minutos que ainda restam. Realmente, foi um jogo penoso e, sobretudo, impróprio do nível que uma meia final de Champions exigia. O United encarou o jogo, como tantas outras vezes, com uma postura prudente e própria da fase em que se encontra: não assumindo qualquer risco em posse e tentando manter como prioridade o equilíbrio posicional sobre um comportamento mais pressionante. Ou seja, pareceu querer manter sempre duas linhas atrás da bola, ser paciente e delegar no momento de transição a sua fonte desequilíbrios. "Pareceu", porque o Schalke não deu tempo para que se percebesse muito do que Ferguson pensava do jogo. Subitamente, e sem nunca ter de elevar minimamente o ritmo, o United encontrou sucessivas hipóteses de chegar ao golo. O demérito vai todo para os alemães que foram inexplicavelmente incapazes em quase todos os momentos do jogo. A ideia era pressionar a primeira fase de construção dos ingleses, utilizar os laterais para dar profundidade nos corredores e reservar ao trio ofensivo a liberdade suficiente para garantir dinâmica no último terço do campo. Mais atrás, Papadopoulos seria o elemento de equilíbrio, mantendo-se próximo da linha defensiva. Intenções, porque na prática foi um desastre. Um desempenho fracassado em todos os momentos, defensivos e ofensivos, em organização e transição. O Schalke acabou encostado atrás, tentando fazer passar o tempo e esperar que Neuer continuasse a resolver os seus problemas. Não deu...

- Neuer será uma das grandes referências das balizas mundiais na próxima década? Assim que dê o "salto", parece-me provável...

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