- Começando pelo jogo de Alvalade, vou-me poupar a grandes comentários, porque a análise da partida será o próximo tema neste espaço. Ainda assim, fica a nota de alguns bons indicadores da equipa de Couceiro. Não tão bons como o efeito fotográfico dos golos de Djaló, mas o suficiente para representar uma novidade positiva.
- Em Portimão, um resultado de volumetria francamente exagerada. Mesmo se a segunda parte foi bem mais generosa do que a primeira em termos de espaço. Culpa do Portimonense e da sua estratégia. De resto, o jogo deu para mostrar que poderá não ser tão fácil como isso o Porto garantir a invencibilidade até ao final. Pela prioridade de gestão, mas sobretudo pela intensidade que os jogadores não mantêm, tendo o título no bolso e outras provas para pensar. Pode não ser intencional, mas é quase inevitável que se facilite...
- Na Figueira, o Benfica pagou sobretudo o preço de uma má entrada no jogo. Pós-primeiro golo, a equipa pareceu sempre mais próximo do golo do que o seu adversário. Uma derrota irrelevante em termos teóricos, mas que pesa na equipa e no próprio treinador. Não sendo campeão, todas as derrotas servem para aumentar o fardo do falhanço, e não é preciso acompanhar muito atentamente o fenómeno futebolístico para o perceber.
- Em relação aos restantes jogos, queria aproveitar as goleadas para destacar uma palavra que frequentemente repeti nos comentários que fui fazendo ao longo da época: o "momento". Tivemos o "momento" positivo de Guimarães, Académica, Leiria, Olhanense e Paços. O "momento" negativo de Rio Ave, Braga e Marítimo. Estes "momentos", comuns a quase todas as equipas, são muito mais "ruído" do que "tendência". "Ruído" que, porém, motivou, motiva e motivará discussões, conclusões, elogios e criticas em torno do valor e potencial de equipas e protagonistas. Tenho para mim que é bem mais fácil viver do "momento" do que conhecer o futebol.