- Do duelo sairá um provável finalista da prova. Ou seja, um deles poderá discutir o título até ao último jogo, talvez mesmo aos últimos minutos. O facto, porém, é que a primeira parte do embate apenas confirmou que nenhuma destas equipas tem o nível de um campeão europeu. Porque, havendo qualidade individual (sobretudo no Chelsea), não há um nível colectivo de excelência dentro de qualquer um dos momentos do jogo. Ganhou o United, mas a eliminatória está longe de estar fechada. Aliás, parece-me que Ferguson beneficiou do incómodo que o Chelsea sentiu em gerir o peso da responsabilidade de jogar em casa. Seja como for, o desnível explica-se sobretudo pela eficácia e, já agora, pelo confronto entre a experiência de Giggs e a inocência (imperdoável!) de Bosingwa, no lance decisivo.
- Parece claro que teremos uma verdadeira final antecipada nas meias finais. Muito mais do que no anterior, quando o Inter bateu o Barcelona. Real e Barça (sobretudo o Barça, é verdade) estão a grande distância das restantes equipas, mas é importante não confundir esta dupla de "gigantes" com o futebol espanhol em geral. É que a tendência do futebol europeu, parece-me, não converge para a afirmação de qualquer liga como um campeonato superior. Mesmo a Premier League, que continua a ser o mais bem organizado de todos. A tendência passa, isso sim, pela aproximação competitiva do "G5", no seu nível médio. Aqui, já agora, continuo a acreditar na ascensão alemã.