Começo por recorrer ao testemunho do voleibolista João Brenha, numa reportagem recente. Dizia ele, e a propósito do seu próprio caso, que de “vinho do Porto” a “carcaça velha” vai um saltinho, bastando para isso que a equipa não tenha o sucesso pretendido. E é mesmo assim! O rendimento raramente é verdadeiramente avaliado, sobressaindo sucessivamente o preconceito na opinião que se generaliza a propósito dos jogadores veteranos.
Talvez o maior contra senso deste preconceito esteja, mesmo, nos sinais do tempo. Eu explico: É que, se por um lado passamos a vida a ler e ouvir belas prosas sobre a importância suprema (e abstracta, já agora!) da capacidade de decisão do jogador, por outro, na prática, não se vê qualquer sinal de uma valorização crescente dos jogadores mais maduros. Antes pelo contrário. Ora, tudo isto é estranho, porque se há coisa que os jogadores evoluem ao longo da carreira é, exactamente, na sua capacidade de decisão.
Como em tudo, neste balanceamento entre a perda física e a aquisição decisional, é preciso equilíbrio. A evidência, porém, é que a generalidade do mercado despreza as mais valias dos jogadores mais veteranos. Porquê? Obviamente, porque estes não trazem mais valias financeiras para o investimento que neles é feito. A consequência, porém, é que o mercado de jogadores com mais de 28 anos está claramente mal aproveitado, podendo conseguir-se nele uma grande oportunidade em termos de aproveitamento desportivo.
Mas – e para finalizar – é bom que não haja ilusões... Combinando o modelo de gestão que se popularizou com o próprio preconceito enraizado, é muito improvável que, em Portugal, jovens como Ryan Wilson algum dia terminem sendo Ryan Giggs. E é pena que assim seja...
Como em tudo, neste balanceamento entre a perda física e a aquisição decisional, é preciso equilíbrio. A evidência, porém, é que a generalidade do mercado despreza as mais valias dos jogadores mais veteranos. Porquê? Obviamente, porque estes não trazem mais valias financeiras para o investimento que neles é feito. A consequência, porém, é que o mercado de jogadores com mais de 28 anos está claramente mal aproveitado, podendo conseguir-se nele uma grande oportunidade em termos de aproveitamento desportivo.
Mas – e para finalizar – é bom que não haja ilusões... Combinando o modelo de gestão que se popularizou com o próprio preconceito enraizado, é muito improvável que, em Portugal, jovens como Ryan Wilson algum dia terminem sendo Ryan Giggs. E é pena que assim seja...