31.1.11

Sporting: (des)organização colectiva e potencial individual

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Não vou fazer análises mais detalhadas aos jogos do fim de semana, mas não quero deixar de utilizar o lance que dá origem ao segundo penalti na Amoreira. Na semana anterior, falava da importância do espaço entre linhas e de como algumas equipas – no caso, o Porto – se preparam ofensivamente para conseguir libertar um jogador em posse nessa zona. Pois bem, neste caso é possível ver como facilmente o Sporting fica exposto precisamente no mesmo espaço. A questão, no caso do Sporting, não tem a ver com uma má protecção específica a esse espaço, mas com os problemas da equipa em todo o momento de organização defensiva. E este é um lance paradigmático disso mesmo. 1 passe chegouNão é preciso ser uma equipa “grande”, ou, sequer,...

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Taça da Liga e outros temas (Breves)

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- Na Taça da Liga, e no meio de vários jogos sem grande interesse competitivo, o destaque principal vai para a confirmação do Paços de Ferreira na meia final, repetindo aquele que foi, provavelmente, o jogo mais bem sucedido da sua história: quando garantiu, na Choupana e pela mão de Paulo Sérgio, uma improvável chegada ao Jamor. São os créditos do extraordinário momento que viveu neste inicio de ano. Em contra ciclo, a frustração bracarense, pagando caro numa prova em que parecia apostar e ter tudo para ser um forte candidato à final. - Ainda sobre a Taça da Liga, deixo uma nota de opinião sobre a forma como continua a ser tratada esta competição: Encara-se a Taça da Liga em Portugal como se ela fosse a francesa ou a inglesa,...

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28.1.11

Porto (ataque posicional): dos corredores para o meio

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Se há momento de jogo em que é fácil encontrar elogios para o que o Porto nos tem apresentado, é na sua organização ofensiva. São vários os pontos por onde poderia pegar e, possivelmente, no futuro outros serão igualmente abordados. Para já, porém, trago 4 lances protagonizados nos últimos 2 jogos: frente a Beira Mar e Nacional. Lances que ilustram movimentos intencionais de recurso aos corredores como forma de abrir espaços em zonas centrais. O denominador comum mais relevante é o facto de, no final das combinações que acontecem nos flancos, o portador da bola se encontrar de frente para o corredor central, mas sem qualquer pressão e com total liberdade para definir o tempo e direcção de passe. O “tempo”, aqui, é muito...

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26.1.11

Vitória do Porto e clássico à vista (Breves)

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- O jogo já se esperava, quase por natureza, desequilibrado. Marcando praticamente a abrir, mais desequilibrado ficou. O Nacional visitou Luz e Dragão em poucos dias e, embora não se possam retirar conclusões lineares do que mostram as partidas, é interessante comparar o tipo de jogo que tivemos. Em ambos os casos, o jogo ficou resolvido com a ajuda de um eficácia madrugadora, e tanto Benfica como Porto mostraram grande superioridade, encontrando com regularidade o caminho do golo. A diferença maior está no controlo que o Porto sempre manteve e que o Benfica não foi capaz de garantir, apesar de ter todas condições para tal. Não é, a meu ver, uma questão de qualidade, mas muito mais de estratégia e critério. Noutro âmbito,...

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Marítimo - Sporting: Análise e números

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Haverá, na minha perspectiva, poucos jogos tão fracos como este em termos de dinâmica e estratégia colectiva. Acabou por levar a melhor o Sporting, graças a uma assinalável diferença de eficácia, mas também porque durante toda a primeira parte, e apesar de tudo, acabou por ser a única equipa com algum esboço de intenção de perturbar o jogo do seu adversário. Tem, por isso, muita culpa própria o Marítimo no destino que lhe calhou. O facto é que jogavam duas das equipas tecnicamente mais fortes do campeonato e o que se viu foi um desperdício mútuo, onde, no final, sorriu o Sporting. Notas colectivas Não quero escrever muito sobre o jogo, porque me parece desinteressante e pouco merecedor de grande atenção. Ainda assim, destacar...

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25.1.11

Benfica - Nacional: Análise e números

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A nova era de goleadas mantém-se na Luz. Desta vez, porém, com um sabor mais agridoce do que noutras ocasiões. É que, ao contrário de outros jogos, em teoria até mais difíceis, o Benfica consentiu demasiado ao adversário, acabando por ter de passar por uma ansiedade de todo inesperada para quem vencia por tão confortável margem. Jesus tentou desdramatizar, atirando a justificação para a natureza competitiva do jogo e o arrojo das equipas que defrontam o Benfica. Ficou dito e escrito, mas todos sabemos que, nem os adeptos, nem o próprio treinador ficarão convencidos com a explicação. O Benfica fez um bom jogo, mas a sua instabilidade na retaguarda – que tem motivos não novos e já aqui abordados – deve, de facto, preocupar. Notas...

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24.1.11

Beira Mar - Porto: Análise e números

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Numa conversa entre Mourinho e Maradona, as camâras apanharam uma breve troca de impressões em que o português dizia algo como isto: “uma coisa é teres uma equipa que sabes que, se marcas, ganhas. Outra coisa, é quando, marcas, e mesmo assim não sabes o que se vai passar”. Ora bem, o Porto foi, em absoluto, o primeiro caso levantado por Mourinho. Não era liquido que marcasse na primeira parte de um jogo tão fechado – e é importante que se note o relevo desta eficácia para o destino do jogo – mas, tendo-o feito, soube manter o jogo sempre longe da sua baliza, mesmo que para isso tivesse de arregaçar as mangas e despir o “smoking”. Ossos do ofício para quem percebe bem qual é o verdadeiro objectivo de um jogo de futebol....

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21.1.11

João Real (vs. Porto): o guarda redes de campo

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Já me tinha referido à sua incrível exibição no Dragão, classificando-o como o maior responsável por o jogo não ter conhecido um desnível ainda maior no marcador. Não se faz, com isto, uma avaliação às características e potencial do jogador, mas quaisquer defeitos que possa ter não apagam a extraordinária contribuição defensiva frente ao Porto. Não só pelo número elevado de intervenções defensivas, mas por algumas recuperações verdadeiramente espectaculares e decisivas. Parecia que a Naval estava a jogar com dois guarda redes...

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20.1.11

O recital de Maniche

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Nos tempos que correm, não é propriamente um fenómeno de popularidade. Há quem não goste do estilo, do penteado, do ordenado ou mesmo do bilhete de identidade. Para mim, que não valorizo especialmente algum desses aspectos na análise que faço dos jogadores, Maniche é um jogador de aptidões e qualidades raras e dos melhores que a nossa liga tem a oportunidade de ter. Em vários jogos, um verdadeiro recital de bem jogar. O vídeo reporta-se apenas à primeira parte do jogo com o Paços e se o número de intervenções acertadas de Maniche é invulgarmente elevado (invulgarmente, mas não para ele), o que merece mais destaque no jogo de Maniche não é isso mas outros aspectos. Note-se que em quase todas as acções de Maniche o seu...

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Jogos da Taça da Liga (Breves)

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- Na Luz, o jogo pareceu mais um regresso à pré temporada. A verdade é que, depois de parecer estar decidido, o jogo complicou-se mesmo para o Benfica. O mais curioso deste jogo veio depois. Jesus quis ganhar o jogo e ninguém estranhou que, para isso, tivesse a 2 mais valias como Gaitan e Salvio. Gaitan e Salvio, os mesmos que durante tanto tempo foram catalogados como "o problema" do Benfica. Bem... não foi assim tanto tempo, afinal ainda estamos em Janeiro. A memória é que é curta. - Também no Dragão o jogo soube pouco a competição. A culpa, neste caso, será bem mais do Beira Mar que terá, na primeira parte, rivalizado com os mais frágeis visitantes que o Dragão viu este ano. Nomeadamente, surpreendeu a frequência com...

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19.1.11

Académica - Benfica: Análise e números

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Foi, começo por dizer, um jogo algo atípico em termos de eficácia. Atípico e pela negativa, porque foram criadas muitas oportunidades para o magro golo concretizado. A consequência desta situação é que para ambas as equipas terá ficado a sensação de um jogo mal aproveitado. A verdade, porém, é que a vitória assenta bem ao Benfica, justificando-se, a meu ver, tanto os 3 pontos como a margem mínima. Uma opinião que não invalida uma outra, mais critica em relação a alguns aspectos da exibição benfiquista. Notas colectivasCom a expulsão, a coisa acentuou-se ainda mais, mas foi sempre um jogo muito confortável para o Benfica em termos de primeira fase de organização. Isto, porque a Académica teve como estratégia dar alguma liberdade...

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18.1.11

Porto - Naval: Análise e números

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Talvez não pareça, à partida, mas este não foi um jogo de características normais, tendo em conta aqueles que o Porto habitualmente disputa em sua casa. E não o foi, essencialmente, pela postura da Naval, que se apresentou muito agressiva em termos posicionais, dando menos tempo e espaço para a circulação de bola, tão típica no jogo portista. Na prática, o resultado não foi muito bom para a equipa da Figueira, com a qualidade do Porto a ser suficiente para encontrar várias situações de golo ao longo do jogo. Aliás, talvez a Naval se possa dar por satisfeita porque, dado o espaço que concedeu nas suas costas, o resultado poderia ter sido bem mais pesado do que aquele que se observou. Notas colectivasPara sustentar o carácter...

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17.1.11

Sporting - Paços: Análise e números

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O jogo abriu com uma ocasião, logo na primeira jogada, e esse acabou por revelar-se um pronuncio do entretenimento que a partida viria a oferecer. Os efeitos da estratégia do Paços já haviam sido explicados no jogo que fizera na Luz, onde conseguiu um elevado número de remates. Desta vez, porém, os “castores” foram mais longe e acabaram por juntar a sua própria eficácia com a complacência do adversário. É que se a estratégia do Paços estava anunciada, o Sporting nunca se mostrou preparado para ela, agravando a situação com a péssima reacção que foi tendo ao longo do jogo. Ao intervalo ainda dava para reconhecer que a desvantagem era penalizadora para o Sporting, mas o mesmo não se pode dizer do segundo tempo. Tudo somado:...

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16.1.11

A última derrota de Bettencourt e a luta pelo 3º lugar (Breves)

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- É inevitável começar pela consequência. Sócios e Bettencourt andavam há muito de costas voltadas, mas, desta vez, ambos tiveram a mesma ideia: aproveitar a surpreendente derrota para libertar o stress. Os sócios mostraram a sua indignação, Bettencourt demitiu-se. Todos ficaram mais aliviados. Afinal, bem vistas as coisas, a derrota pouco ou nada decide no destino desportivo da equipa que, nesta época, já estava comprometido. Saber escolher foi o que Bettencourt não soube fazer, e, saber escolher, era, é, e será sempre o que mais importa na gestão de um clube. O futuro do Sporting é, nesta altura, mais incerto do que nunca... - Em relação ao jogo - e antecipando-me um pouca à análise que farei - vale a pena elogiar o Paços...

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14.1.11

Comportamento defensivo do Benfica (II): Transição

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Se ontem trouxe aqui alguns elogios à capacidade organizacional do Benfica, nomeadamente em termos posicionais, hoje trago outro momento do jogo onde a equipa tem sentido algumas dificuldades: a transição ataque-defesa. Sintetizando, não creio que os problemas que o Benfica sentiu neste aspecto resultem de algum problema de resposta à perda de bola – como tantas vezes é, a meu ver, confundido – mas, antes sim, com a perda de bola em si mesmo. E aqui, é importante separar o tipo de transições a que a equipa é sujeita. Defender mal... com bolaA teoria que vigora nos tempos que correm distingue 4 momentos de jogo, em bola corrida. 2 ditos defensivos e 2 ditos ofensivos. “Ditos” porque na verdade o que os distingue é a posse...

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13.1.11

Comportamento defensivo do Benfica (I): Organização

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Recorro ao caso de Gaitan, porque creio que muita gente não percebe o porquê das minhas afirmações em relação ao seu desempenho defensivo, mas o caso de Gaitan é apenas um exemplo da forte característica posicional do Benfica e das equipas de Jesus, em geral. Ou seja, o texto refere-se ao comportamento defensivo do Benfica em organização, para explicar a sua qualidade neste plano, mas também para dar a minha explicação das diferenças de aproveitamento do “pressing” em relação ao ano anterior. Para depois, fica o caso de Javi Garcia e da transição ataque-defesa. O caso de Gaitan e a disciplina de JesusDe facto, Gaitan tem tudo para ser um jogador improdutivo defensivamente. Não é agressivo, não é reactivo, nem, tão pouco,...

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Vitórias de Benfica e Porto na taça (Breves)

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- Na Luz, o Benfica até falhou antes de marcar, mas, depois, conseguiu uma eficácia enorme nos 5 golos obtidos. Um domínio completo, jogo resolvido, e, sem necessidade de acelerar muito, a goleada foi sendo naturalmente concretizada. O Benfica confirmou e reforçou a confiança e, até, errou bem menos do que em jogos anteriores. O resultado foi uma goleada que denuncia também uma enorme impotência de uma das equipas mais fortes no plano interno actual. Mas esse é outro problema... - No Dragão, um atraso inesperado na resolução de uma eliminatória que parecia completamente resolvida logo no sorteio. É verdade que o Porto foi uma equipa absolutamente dominadora, que rematou muito e que poderia, facilmente, ter encontrado o...

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12.1.11

Leiria - Benfica: Análise e números

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Dizer que foi um jogo muito confortável é sempre um exagero para uma partida que passou a maior parte do seu tempo num resultado tangencial. A verdade, porém, é que entre Benfica e Leiria houve sempre um grande diferença no que respeita à proximidade com o golo. E esse, a meu ver, é sempre o indicador mais importante em qualquer jogo de futebol: a proximidade com o golo. Tudo somado, é Jesus quem tem motivos para sorrir. Notas colectivasNa verdade, a superioridade do Benfica, facilmente observável, não resultou de um domínio territorial avassalador, nem, tão pouco, de uma exibição soberba em termos técnicos. Resultou, isso sim, de uma mais competente ocupação dos espaços, para além, claro, das evidentes mais valias individuais...

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11.1.11

Porto - Marítimo (Análise e números)

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Não se pode dizer que a resposta foi brusca, mas foi seguramente uma boa reacção à primeira derrota da época, numa exibição que foi ganhando qualidade e consistência, acabando por se saldar como muito positiva. Na verdade, jogando em casa, era um cenário que, como já havia escrito, se adivinhava. É que o Marítimo, tendo alguns bons jogadores, não tem andamento para repetir o prato do seu rival insular. Por mérito próprio e falta de competitividade interna, é de facto muito difícil uma equipa com a qualidade do Porto tropeçar 2 vezes seguidas. Notas colectivasComeçando pelas opções de Villas Boas, houve alguma surpresa na adaptação de Hulk a uma posição central. Uma solução que, creio, tem muito mais a ver com a intenção...

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10.1.11

Sporting - Braga: Análise e números

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Esperava um bom jogo, muito melhor do que aquilo que foi. Houve emoção numa parte inicial e a margem tangencial do marcador fez com que a incerteza durasse até ao fim. Durou a incerteza, mas não a qualidade. Aliás, acho que a qualidade nem chegou a aparecer em Alvalade para este jogo. Em relação ao resultado, enfim, como sempre vale mais a pena compreende-lo do que averiguar da sua justiça. Neste caso, o Sporting ganhou por se ter superiorizado em 2 aspectos: eficácia e concentração. Notas colectivasPaulo Sérgio seguramente que não se importará com a tendência, porque dela resultaram 2 importantes vitórias. O facto é que, frente ao Braga, o Sporting voltou a atingir alguns mínimos de campeonato. Mínimo em passes completados...

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