O denominador comum mais relevante é o facto de, no final das combinações que acontecem nos flancos, o portador da bola se encontrar de frente para o corredor central, mas sem qualquer pressão e com total liberdade para definir o tempo e direcção de passe. O “tempo”, aqui, é muito importante porque uma defensa só pode controlar posicionalmente o espaço se houver um condicionamento do tempo de passe. Por isso é que se constata a importância decisiva de uma presença permanente em termos de “pressing”.
Não creio que estas combinações tenham um objectivo único, limitado à exploração do espaço central por arrastamento do médio. Isso seria obviamente redutor, devendo uma equipa ter a capacidade de explorar a melhor das soluções encontrada ao longo de um lance e não focalizar-se apenas numa. Por melhor que ela possa ser, essa obsessão conduzirá sempre a uma previsibilidade para quem defende. Tudo dependerá sempre do espaço que a defensiva contrária libertar. No entanto, é claro que conseguir o arrastamento do “pivot” e libertar o espaço central, será sempre o desfecho ideal para estas acções.
De assinalar que no último lance coloquei propositadamente no vídeo toda a construção do lance e não apenas a parte relevante para o ponto deste texto. Propositadamente, porque na construção se revela a paciência e o critério, característicos da forma como o Porto gere a sua posse de bola. Aqui reside uma das mais interessantes diferenças entre o que fazem Benfica e Porto. Mas esse será um tema que guardo para outras ocasiões.
Nacional e Beira Mar
Uma nota sobre o papel defensivo de Beira Mar e Nacional. Muito melhores os aveirenses. Já tinha referido a vulnerabilidade do desposicionamento de Djamal e isso é evidente nestes lances. Quando o “pivot” sai para pressionar, abre um espaço nas suas costas, que não colmatado. Outro problema do Beira Mar, foi o espaço entre centrais e laterais, abrindo-se frequentemente uma área demasiado dilatado e com os laterais a não terem a preocupação de dar a prioridade à zona central. De elogiar, porém, o posicionamento relativo entre centrais (Kanu e Hugo), sempre preocupados em manter proximidade, assim como da consistência da linha defensiva.
Já o Nacional, sendo mais ambicioso em termos de “pressing” alto, nem por isso foi mais organizado. Pelo contrário, aliás. Como é visível no vídeo, alguns ajustes posicionais não parecem muito úteis à manutenção do equilíbrio colectivo, acabando por perder o controlo sobre lances e zonas em que dispunha de uma superioridade numérica clara. Notou-se também alguma dificuldade na sintonia do posicionamento defensivo, nomeadamente da sua última linha.
Não creio que estas combinações tenham um objectivo único, limitado à exploração do espaço central por arrastamento do médio. Isso seria obviamente redutor, devendo uma equipa ter a capacidade de explorar a melhor das soluções encontrada ao longo de um lance e não focalizar-se apenas numa. Por melhor que ela possa ser, essa obsessão conduzirá sempre a uma previsibilidade para quem defende. Tudo dependerá sempre do espaço que a defensiva contrária libertar. No entanto, é claro que conseguir o arrastamento do “pivot” e libertar o espaço central, será sempre o desfecho ideal para estas acções.
De assinalar que no último lance coloquei propositadamente no vídeo toda a construção do lance e não apenas a parte relevante para o ponto deste texto. Propositadamente, porque na construção se revela a paciência e o critério, característicos da forma como o Porto gere a sua posse de bola. Aqui reside uma das mais interessantes diferenças entre o que fazem Benfica e Porto. Mas esse será um tema que guardo para outras ocasiões.
Nacional e Beira Mar
Uma nota sobre o papel defensivo de Beira Mar e Nacional. Muito melhores os aveirenses. Já tinha referido a vulnerabilidade do desposicionamento de Djamal e isso é evidente nestes lances. Quando o “pivot” sai para pressionar, abre um espaço nas suas costas, que não colmatado. Outro problema do Beira Mar, foi o espaço entre centrais e laterais, abrindo-se frequentemente uma área demasiado dilatado e com os laterais a não terem a preocupação de dar a prioridade à zona central. De elogiar, porém, o posicionamento relativo entre centrais (Kanu e Hugo), sempre preocupados em manter proximidade, assim como da consistência da linha defensiva.
Já o Nacional, sendo mais ambicioso em termos de “pressing” alto, nem por isso foi mais organizado. Pelo contrário, aliás. Como é visível no vídeo, alguns ajustes posicionais não parecem muito úteis à manutenção do equilíbrio colectivo, acabando por perder o controlo sobre lances e zonas em que dispunha de uma superioridade numérica clara. Notou-se também alguma dificuldade na sintonia do posicionamento defensivo, nomeadamente da sua última linha.