- Na Taça da Liga, e no meio de vários jogos sem grande interesse competitivo, o destaque principal vai para a confirmação do Paços de Ferreira na meia final, repetindo aquele que foi, provavelmente, o jogo mais bem sucedido da sua história: quando garantiu, na Choupana e pela mão de Paulo Sérgio, uma improvável chegada ao Jamor. São os créditos do extraordinário momento que viveu neste inicio de ano. Em contra ciclo, a frustração bracarense, pagando caro numa prova em que parecia apostar e ter tudo para ser um forte candidato à final.
- Ainda sobre a Taça da Liga, deixo uma nota de opinião sobre a forma como continua a ser tratada esta competição: Encara-se a Taça da Liga em Portugal como se ela fosse a francesa ou a inglesa, mas isso é um disparate. Porquê? Porque, nem Portugal tem o "mercado" desses países, nem o nosso calendário competitivo tem sobrecarga suficiente para que se considere esta uma prova para "gerir". Os clubes não têm motivos desportivos para não "atacar" este título e - muito menos - uma situação financeira que lhes permita andar a despromover publicamente um produto que, afinal, é o seu. Estão a ver uma empresa à beira da falência a dizer mal do seu próprio produto? É mais ou menos o mesmo...
- Cruel! É o que se pode dizer da lesão de Emídio Rafael. Não teve uma entrada fácil na equipa, mas vinha evoluindo muito bem nos últimos jogos. É um caso que me parece semelhante ao de Sapunaru. Não pelas características, mas pelo facto de não ter, a meu ver, condições "naturais" que lhe permitam uma afirmação fácil num clube com as exigências do Porto. No entanto, e tal como vem acontecendo com o romeno, poderia ser capaz de tirar partido da boa organização colectiva para fazer uma evolução que potenciasse as suas virtudes e escondesse as suas fraquezas. Para que tal acontecesse, porém, seria preciso tempo e continuidade na evolução. Daí a crueldade: é que não é certo que volte a ter uma oportunidade como aquela que estava a ter com a lesão de Álvaro Pereira...
- Uma nota sobre a derrota do Real. Não é um falanço de Mourinho nem, tão pouco, do próprio Real. É, antes sim, a confirmação de que seria praticamente impossível acompanhar o ritmo de uma equipa de outra galáxia. Pelo menos a nível de campeonato, porque em provas a eliminar a história pode ser sempre diferente. A questão é, agora, óbvia para todos: Estarão Real e/ou Mourinho interessados na continuidade?
- Sobre o mercado, escreverei no final.