16.1.11

A última derrota de Bettencourt e a luta pelo 3º lugar (Breves)

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- É inevitável começar pela consequência. Sócios e Bettencourt andavam há muito de costas voltadas, mas, desta vez, ambos tiveram a mesma ideia: aproveitar a surpreendente derrota para libertar o stress. Os sócios mostraram a sua indignação, Bettencourt demitiu-se. Todos ficaram mais aliviados. Afinal, bem vistas as coisas, a derrota pouco ou nada decide no destino desportivo da equipa que, nesta época, já estava comprometido. Saber escolher foi o que Bettencourt não soube fazer, e, saber escolher, era, é, e será sempre o que mais importa na gestão de um clube. O futuro do Sporting é, nesta altura, mais incerto do que nunca...

- Em relação ao jogo - e antecipando-me um pouca à análise que farei - vale a pena elogiar o Paços que tem sido das equipas mais interessantes de ver contra os "grandes". A sua estratégia passa sempre por provocar o erro e não apenas esperar por ele. Foi mais eficaz, foi feliz, mas teve mérito no que conseguiu. No que diz respeita ao Sporting, salientar os erros individuais altamente penalizantes, mas, também, a má leitura que veio do banco. Retirar um médio para colocar um avançado é um instinto natural de quem vê da bancada, mas não deve ser de um treinador. Especialmente quando isso implica perder presença no meio campo e jogar numa estrutura improvisada. Não admira, pois, que depois do 2-2 o Sporting se tenha distanciado muito mais do golo e, mesmo, perdido o controlo do jogo. Paulo Sérgio acabou por, implicitamente, confessar o seu próprio erro nas 2 alterações finais, mas, aí, o mal já estava feito...

- A luta pelo terceiro lugar, com a derrota do Sporting, ganhou novo interesse. Um dia antes, o Braga ganhava pela primeira vez fora de portas, num jogo onde espantou a incrível falta de organização do Portimonense depois do primeiro golo. Azenha diz que espera por novos reforços, mas dificilmente chegará qualidade suficiente para superar o contra relógio que a equipa tem pela frente. Em Guimarães, também o regresso às vitórias da equipa de Manuel Machado. O Vitória, de uma perspectiva pragmática, justificou os 3 pontos porque foi, de facto, a equipa que mais se aproximou do golo. A verdade, porém, é que também se viram sinais preocupantes, particularmente na forma como a equipa sofreu depois do golo, acumulando vários erros, quer com bola, quer sem ela.

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