- O jogo já se esperava, quase por natureza, desequilibrado. Marcando praticamente a abrir, mais desequilibrado ficou. O Nacional visitou Luz e Dragão em poucos dias e, embora não se possam retirar conclusões lineares do que mostram as partidas, é interessante comparar o tipo de jogo que tivemos. Em ambos os casos, o jogo ficou resolvido com a ajuda de um eficácia madrugadora, e tanto Benfica como Porto mostraram grande superioridade, encontrando com regularidade o caminho do golo. A diferença maior está no controlo que o Porto sempre manteve e que o Benfica não foi capaz de garantir, apesar de ter todas condições para tal. Não é, a meu ver, uma questão de qualidade, mas muito mais de estratégia e critério. Noutro âmbito, tinha realçado o tipo de movimentos que Hulk havia protagonizado em Aveiro, mais próprios de um 9, e eis que, dias mais tarde, essa evolução se confirma.
- Entretanto, na Taça, mais anormal do que um jogo ter 4 penaltis, é 3 serem falhados! De resto, sem surpresa, dado o momento, passou o Benfica. Pessoalmente, saúdo a meia final a 2 mãos entre Porto e Benfica. Por várias vezes - e há muito tempo - tenho defendido que o futebol português precisa de ajustar o seu modelo à sua dimensão e que só assim garantirá o acréscimo de competitividade e interesse de que precisa para fidelizar adeptos cada vez mais tentados por outras ofertas. Para já, é bom perspectivar 2 jogos tão cativantes como os que se avizinham.