Aos meus olhos é uma boa notícia para quem gosta de conjugar futebol e entretenimento (não lhe chamo “bom” futebol porque o termo tem sempre uma subjetividade adjacente). Nasri no Arsenal.
Há muito visto como o herdeiro natural da camisola 10 da Selecção gaulesa, Nasri tem agora, aos 21 anos, o primeiro desafio que pode, ou não, confirmar o as projecções feitas sobre o alcance do seu talento. Numa equipa que já perdeu o nuclear Flamini e se prepara para juntar a esta baixa a saída do polivalente e competente Hleb, a contratação de Nasri pode não ser suficiente para garantir, pelo menos, a manutenção da qualidade até aqui revelada. De toda a maneira é indiscutível que os ‘Gunners’ juntam, agora, dois dos mais promissores médios do futebol mundial: Nasri e Fabregas. Enquanto que noutras paragens se contam centímetros e quilos, para Wenger o critério de recrutamento tem sempre quase como primeira prioridade a qualidade técnica e isso não pode deixar de ser um factor de realce numa equipa que se propõe disputar os mais ambicionados troféus do futebol mundial.
Por fim, uma nota: com 21 anos, Nasri foi vendido por cerca de 15 milhões de Euros. Pergunto-me quanto pediria um grande português por um jogador com a idade, qualidade e reputação de Nasri?...