Primeira parte
Segunda Parte
No segundo tempo, uma história quase oposta à primeira. Em 4-4-1-1 e com mais jogadores que, à partida, serão primeiras escolhas no meio campo, o Benfica não entrou bem, sofrendo o terceiro golo como consequência dessa fase de menor acerto. A maior presença numérica no meio campo fez com que os encarnados recuperassem o domínio territorial da partida, mas raramente revelando entrosamento colectivo mínimo para tirar partido da maior capacidade de recuperação que agora tinham. Ainda assim, o Benfica conseguiu reduzir e até poderia ter chegado ao empate numa fase em que, é bom salientar, o próprio Blackburn voltara a um período menos positivo.
Sistemas alternativos, desenvolvidos em paralelo
Do balanço do jogo, e para além do que referi no inicio, fica a ideia de que Quique Flores deverá apostar mais num modelo que tenha o 4-4-1-1 como sistema para assim poder dar maior liberdade e influência a Aimar. Parece no entanto, claro que Quique quererá ter dois sistemas alternativos, sendo que no 4-4-2 a aposta para os flancos poderá ser feita em jogadores que não sejam extremos de origem. Reconhecendo as vantagens de se ter 2 sistemas alternativos fica-me, ainda assim, a questão se não seria mais aconselhável desenvolver, primeiro, um modelo preferencial e só depois o alternativo.
Finalmente, no que respeita a individualidades, parece-me que dos jovens que evoluíram Fellipe Bastos foi aquele que mais prometeu poder ser uma mais valia no imediato e, no que respeita a reforços, Balboa terá sido aquele que mais se fez notar. Aqui, mais uma vez, a questão da fase ainda precoce em termos de sistematização de rotinas colectivas tem um peso relevante em algumas exibições (por exemplo, na primeira parte, a tendência para Martins sair de posição e, na segunda, a dificuldade para fazer Aimar entrar em jogo).