Encontrei este interessante vídeo sobre Robert Pires e não resisti em aproveitá-lo para fazer referência a este veterano craque, um dos mais elegantes jogadores do futebol dos últimos anos, agora no Villareal.
Robert Pires nunca chegou a ser devidamente aproveitado pela Selecção Portuguesa, já que demorou algum tempo a vestir a camisola dos “bleus” e a sua ascendência lusa permitir-lhe-ia ter sido seleccionado para representar Portugal. Tem, no entanto, este episódio a particularidade de ter despertado os responsáveis da Federação que, a partir daí, passaram a estar mais atentos às potencialidades das raízes deixadas pelos nossos emigrantes por esse mundo fora. Pena, digo eu, que mais nenhum tenha conseguido o nível de Pires.
Sobre Robert Pires tenho uma memória particular... Lembro-me de uma noticia de rodapé de um jornal desportivo no inicio dos anos 90. Nessa altura – na era “antes de Bosman” – o problema dos estrangeiros era decisivo para a constituição dos planteis, pelo que a dupla nacionalidade era uma vantagem enorme. Mas dizia a noticia que um tal luso-francês do Metz, Robert Pires, já também observado pelo Sporting, havia sido descartado pelos responsáveis do Benfica após algumas observações. A dupla nacionalidade dava jeito, sim senhor, mas a qualidade não justificava a maçada... A carreira de Pires foi em crescendo e anos (4 ou 5) mais tarde veio a Portugal ajudar o Metz a eliminar o Sporting da Taça Uefa. Nessa altura o Metz era Pires e mais 10, só que a qualidade do craque era agora demasiado apreciada para os bolsos dos clubes Portugueses. Seguiu-se o Marselha e uma carreira fantástica, quer em Inglaterra, quer na Selecção Francesa.