25.1.08

A força de Mansaré

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A CAN tem mostrado um nível bastante elevado no futebol Africano. O nível é indiscutivelmente superior ao de anos anteriores e o leque de possíveis vencedores finais é bastante mais alargado do que no passado. Há, no entanto, um aspecto que lamento nesta competição: a aposta limitada em jovens promessas que não estejam já em clubes de nível superior. Jogadores que certamente serão primeiras figuras do cartaz da próxima CAN – em Angola – encontram-se escondidas desta competição, ora no banco de suplente, ora mesmo fora dos convocados dos respectivos países. Este ponto denota algum desconhecimento do real potencial das futuras gerações de jogadores por parte dos respectivos seleccionadores.

Ainda assim, a competição não deixa de ser uma oportunidade para confirmar o potencial de jogadores que, estando já num nível bastante elevado, poderão estar “no ponto” para aceitar novos desafios. Um desses casos é o médio da Guiné: Fodé Mansaré.

Actua sobre o flanco esquerdo, destacando-se pela sua capacidade em aliar uma notável técnica individual a uma velocidade e força impressionantes que fazem dos seus arranques por entre os defensores adversários uma imagem de marca. Mansaré pode funcionar como extremo ou como médio mais interior, mas é com bola que as suas qualidades ganham maior potencial. Aos 26 anos, o Guineense tem algo a provar em matéria de enquadramento defensivo e regularidade exibicional. O facto de ter feito toda a sua formação como profissional em França permite, no entanto, afastar maiores receios no qu e respeita a eventuais desajustes entre realidades futebolísticas distintas.
Mansaré actua no interessantíssimo Toulouse onde é acompanhado por outro entusiasmante médio – o Camaronês Emana. O seu passe não será acessível, tendo em conta a realidade do futebol Francês, mas talvez as dificuldades por que passa o “Europeu” Toulouse (agravadas pela importância dos jogadores actualmente ausentes na CAN) possam facilitar a vida a potenciais interessados.

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