11.1.08

"Nacho" Gonzalez - O "pibe" esquecido

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É um caso que se estranha num futebol tão apetecível a outros mercados, sobretudo pela boa relação preço-qualidade que os seus jogadores apresentam. Ignacio (“Nacho”) Gonzalez passou toda a sua carreira no seu clube de formação, o Danúbio. Depois da sua chegada ao futebol profissional, cedo se afirmou como um valor importante no clube que tem uma das melhores “canteras” da América do Sul (por lá passaram Recoba, Forlan, Cavani, Chevanton, Nery Castillo, entre outros). Com a camisola 10 comandou o clube a sucessivas conquistas internas, tornando-se ele próprio na principal figura, não só da equipa, como de toda a liga Uruguaia. Nos últimos dias foi eleito pela segunda vez consecutiva como melhor jogador do ano na liga Uruguaia batendo os goleadores revelação Richard Porta e Christian Stuani, entretanto transferidos para a Serie A italiana.

“Nacho” é um 10 clássico, com características próximas das de Riquelme. Gosta de actuar no espaço entre linhas de onde parte, ora para vir atrás auxiliar na construção, ora para dar qualidade aos momentos de transição ofensiva da sua equipa. A qualidade técnica e a elegância são as imagens de marca do seu futebol, provavelmente demasiado moldado à realidade sul americana. O que espanta é o facto de “Nacho” ter chegado aos 25 anos sem que nenhum clube Europeu o tenha convencido a experimentar uma aventura pelo futebol do “Velho Continente”, o que pode ser decisivo na sua evolução como jogador. O momento, no entanto, parece ter chegado. Gonzalez está livre e já anunciou a sua saída do seu clube de sempre. Fica por saber qual o destino deste “pibe” esquecido pelo futebol europeu...

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