Antes do regresso da Taça, mais uma olhadela ao clássico do fim de semana... O golo que decidiu o encontro, ao contrário do que muitas vezes acontece, é uma boa explicação entre as diferenças das duas equipas no encontro. O Benfica, mais explosivo e emotivo, acabou por ser confrontado com um futebol menos agressivo mas mais organizado (é bom que se diga que Jesualdo tem muito mais tempo de rotina no seu modelo do que, obviamente, Camacho) do Porto. O resultado foi quase sempre aquele que ficou patente no golo, o esbarrar da precipitação na coordenação portista.
O lance do golo é, de resto, bastante ilustrativo em relação a um momento muito valorizado pelos dois treinadores: a transição ofensiva. O Benfica tem uma primeira oportunidade de utilizar esta arma perante o adiantamento portista. A jogada depressa muda de sentido e, na sua vez, o Porto demonstra um entendimento muito mais trabalhado e preciso. Note-se a ausência de referências na transição benfiquista, com Rodriguez a decidir no "improviso", enquanto que os Dragões deixam propositadamente Quaresma solto sobre a ala, tendo total noção que para ele que a bola deve ser imediatamente enviada. Fica a análise...