Há jogadores que, apesar do talento, permanecem largos anos perdidos na obscuridade de uma equipa de menor dimensão. Durante anos a fio, craques que, por diversos motivos, as mais intensas luzes da ribalta nunca iluminaram, permaneceram incógnitos à generalidade dos adeptos. Ontem, um estudo sobre os canais mais utilizados pelos portugueses colocava a Internet no segundo lugar, apenas atrás – para já – da televisão. É a era da comunicação global. Hoje, qualquer fenómeno que mereça destaque em qualquer parte do mundo pode chegar a todos, independentemente das opções editoriais dos “media”. Podemos agradecer ao fantástico mundo da Web o facto de podermos desfrutar das habilidades do excêntrico Ibrahim Yattara
Trata-se de um extremo – preferencialmente direito – Guineense, que actua, desde 2003, no longínquo Trabzonspor da Turquia, para onde se transferiu vindo do Antuérpia da Bélgica. Aos 26 anos e apesar do seu inegável talento, Yattara dificilmente poderá explodir num grande clube europeu. Dono de uma velocidade estonteante e de uma técnica rara, Yattara será refém do problema de muitos: a cabeça. Problemas disciplinares e inconstância exibicional (nem sempre joga) são a outra face das impressionantes imagens que aparecem nos vídeos. É, apesar de tudo, um ídolo dos adeptos. Pudera!