26.5.07

Final da Taça: Antevisão

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Como é hábito fecha-se a temporada clubistica no Jamor. A versão 2006/2007 junta duas equipas que são também as duas formações em maior destaque durante a segunda metade da temporada e, esse estatuto, dá um interesse acrescido.
O Sporting é claramente favorito. Ainda assim, será uma ilusão acreditar que o jogo possa ser uma reedição da última jornada do campeonato. À singularidade de cada jogo, acrescenta-se uma carga emocional mais intensa, o que trará, por si só, um carácter diferente a uma partida onde os princípios de jogo se manterão em quaisquer dos lados.
Sporting
Do lado dos leões não será no último jogo que Paulo Bento vai alterar o seu altamente sistematizado modelo de jogo. 4-4-2, com o famoso losango no miolo. A equipa será mais insistente nos seus ataques sobre a esquerda, com Nani a receber recorrentemente o apoio de Romagnoli e Tello, a que se poderão juntar um dos avançados. A fluidez das trocas de bola em espaços curtos criam desequilíbrios a partir das alas, aproveitando depois os espaços que se abrem nas zonas circundantes. De resto, basta escutar Paulo Bento para se perceber que a concentração e intensidade competitiva são propósitos fundamentais de uma equipa que reage também muito bem à perda de bola, reagrupando-se e equilibrando-se rapidamente.

Belenenses
Do Restelo virá uma equipa com algumas semelhanças com a do Sporting. Referi aqui ao longo da temporada que Jorge Jesus é um treinador que tem um modelo que se ajusta às características do futebol português – não é de agora, basta ver o Leiria da época transacta. Com processos menos evoluidos em relação ao jogo leonino, o Belenenses partilha da preocupação no equilíbrio da equipa no momento da perda de bola. Jorge Jesus cultiva depois uma forte transição ofensiva, com um conjunto de jogadores de bom recorte técnico a fazerem o desenvolvimento de jogadas rápidas que são a imagem de marca das equipas do treinador. No Jamor, deveremos ter um 4-5-1, com dois médios de cobertura (Sandro e Ruben Amorim), 3 criativos para a transição e Dady na frente. Uma nota para as bolas paradas ofensivas: o pé esquerdo de Zé Pedro é um dos que melhor executa cantos e livres com Nivaldo e Rolando a aparecerem como temíveis cabeceadores.

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