2.5.07

"Competitividade" - é importante não confundir!

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No inicio desta semana fomos confrontados com as declarações do Presidente da Liga a congratular-se pela “competitividade” da prova deste ano. Grave, digo eu. Grave que o responsável máximo pela competição não saiba distinguir “competitividade” de uma entretida e renhida luta pelo título. Talvez daqui a algumas semanas me debruce um pouco mais sobre este assunto, mas, para já, fica a opinião de que esta foi uma liga preocupantemente pouco diferenciadora no que respeita à luta pelo título (independentemente de quem saia vencedor). Ou seja, os primeiros classificados têm uma superioridade que lhes permite vencer a maioria dos jogos, mesmo nas fases mais mais difíceis da temporada. Já aqui defendi que existe uma proximidade de qualidade entre os três grandes, mas creio que a escassez dos 4 pontos que os separam se explica, em grande medida, pela sua superioridade face às demais equipas.

Num país tripartido isto é grave. O futebol deve ser entendido – pragmaticamente – como um fenómeno clubístico. À generalidade dos adeptos interessa os jogos do seu clube e os jogos em que os rivais possam perder pontos. Ou seja, quando o campeonato é desequilibrado, grande parte dos jogos dos grandes interessam apenas aos respectivos adeptos. Assim, há menos gente interessada em cada jogo e, por conseguinte, menor valorização do futebol (sim, estou a falar de euros).

Não será a métrica óptima, mas parece-me um bom indicador. A média de pontos do clube imediatamente acima da “linha de água” (no nosso caso, o Aves) reflecte a valia das piores equipas dentro do próprio campeonato. Neste aspecto, sem surpresas, a liga parece muito pouco “competitiva” em comparação com outras congéneres europeias.
Talvez Hermínio Loureiro se estivesse a referir à “Competitividade” da Taça BES!

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