20.8.10

Notas de crises e formalidades

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- Não vi com atenção suficiente nenhum dos jogos, mas parece-me que estamos num caso de tendências completamente opostas, entre Porto e Sporting. Enquanto que uns alicerçam-se na confiança, mesmo não jogando ainda ao nível que se espera, outros cumprem o caminho oposto.

- No caso do Sporting, a reacção de desgaste ameaça ser mais rápida do que as piores previsões. Na verdade, não é o pior que pode acontecer. É mais fácil uma época ser salva depois de uma catástrofe prematura, do que se tiver uma mediocridade contínua. Pelo menos é isso que me diz a memória. A derrota estaria sempre ao sabor do vento, como consequência da sua, já longamente abordada, incapacidade para controlar os jogos. O problema, agora, é que a quebra de confiança faz com que tudo o que de bom havia acabe também por desaparecer. Um clássico. Como se não bastasse o destino, a coisa agudizasse quando, em vez de analisar e questionar friamente, a opção passa pela crença numa mudança de ventos. A fé é uma coisa bonita, mas dificilmente resulta.

- Há "casos" na nossa sociedade que são verdadeiros assaltos ao intelecto de quem a eles assiste. O de Queiroz é um deles. Quando é assim, tenho para mim que o melhor é gastar a menor quantidade de tempo possível com eles. Tempo e energia são bens escassos e que valorizo demasiado para este tipo de assuntos. Já de futebol, gosto bastante e não me importo de perder tempo. Por isso, bem mais do que a formalidade do despedimento, preocupa-me a informalidade do futuro.

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