4.11.10

Tropeções de Sporting e Porto (Breves)

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- No rescaldo do jogo de Alvalade, falei da abordagem errada da equipa belga, como explicação principal para um tão desnivelado "score" final. Agora, e como que devolvendo a moeda, foi também a vez do Sporting ser surpreendido, parece-me, devido a uma postura pouco ajustada à realidade do jogo. Isto é, o Gent não é seguramente uma equipa tecnicamente forte, mas está longe de ser um desnível tão grande ao ponto da vitória estar garantida em qualquer circunstância. Os níveis de intensidade e agressividade dos belgas foram sempre superiores e isso acabou por se tornar progressivamente mais relevante, à medida que o jogo foi avançando. E é nesse sentido que a derrota se justifica. Primeiro porque não houve concentração e rigor suficiente para resolver situações de aperto defensivo e, depois, porque foi o Gent quem mais perto do golo esteve na segunda parte. Nota, em termos da qualidade de jogo do Sporting, para uma distância grande entre os jogadores, impedindo a equipa de ter a qualidade de circulação de que precisa para se impor(aqui a característica técnica dos jogadores que compuseram o "miolo" também é relevante), e permitindo alguma facilidade dos adversários em situações de 1x1 em quase todas as zonas do campo.

- A derrota, em si mesmo, pouco ou nada adianta em termos de Liga Europa. Na verdade, duvido que o Sporting não se qualifique mesmo sem mais qualquer ponto e, para o primeiro lugar, também pouco faltará. O problema é o efeito que a derrota terá na dinâmica que a equipa procurava criar como forma de crescimento em termos de confiança. Noutras circunstâncias, com melhor situação no campeonato e outra afirmação dos próprios processos, o efeito seria mínimo. Assim, não tenho tanta certeza...

- Mais tarde, no Dragão, menos poupanças. Mais uma vez Villas Boas manteve um núcleo duro, mesmo com um jogo praticamente irrelevante em termos do futuro da equipa na prova. Isto, mesmo com o Benfica no horizonte, o que me parece reforçar a ideia de uma gestão que vai para além dos aspectos físicos. Ainda assim, parece-me claro que não houve uma preocupação específica com este jogo e isso terá também sido reflectido na performance da equipa. No final, o empate, mesmo tendo sido perante uma boa equipa e tendo garantido praticamente o primeiro lugar, acaba por não ser um resultado motivador antes do clássico. E, note-se, o Besiktas - mesmo tendo mais jogadores do que equipa - acabou por merece-lo.

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