- A volatilidade táctica de Paulo Sérgio tem essa particularidade: tornar-se muito fácil surpreender. E creio que desta vez, o treinador do Sporting conseguiu surpreender a generalidade das antevisões, começando pela minha mas acabando na do próprio Villas Boas. Numa coisa não me equivoquei: a atitude iria fazer parte da receita e era bom que o Porto fosse precavido, porque a diferença de valias não é tão grande como as emoções sugerem. Enfim, não me quero alongar muito porque voltarei com uma análise mais detalhada, mas não posso deixar de creditar o mérito devido ao Sporting pela primeira parte que fez. Pela sagacidade e atitude.
- Mas, se chegar à vantagem foi uma conquista, mantê-la era, para o Sporting, também um requisito. A resposta do Porto era óbvia e era preciso estabilidade e força mental para aguentar mais tempo sem errar. O Sporting sucumbiu depressa - também, e muito, por mérito do Porto, não se confunda - e provavelmente só não passou por maiores dissabores porque Liedson voltou a fazer de Liedson num clássico. O resto está à vista de todos: não foi por jogar com menos um que o Porto ficou mais longe da vitória do que o seu oponente e, bem feitas as contas, o empate será até mais reconfortante para os da casa. Porquê? Porque toda a gente esperava um Porto mais forte e vencedor e porque a conversa da distância pontual para o 1º é, há muito e para o Sporting, apenas... conversa.