- O sistema foi o mesmo - 4-4-2, versão clássica - as ausências eram mais e até se percebeu que a equipa voltou a não estar avisada para o tipo de erros que tanto a têm penalizado. Mas o destino, esse, foi totalmente diferente. O Lyon não aproveitou as transições e o Benfica levou ao extremo a sua produtividade nas bolas paradas (2 golos em lances a favor e os outros 2 a partir de lances contra). O jogo, de repente, estava resolvido. De resto, vários dos indícios detectados na última análise confirmaram-se neste jogo: A excelência de Coentrão (relembro, um "reforço" em relação há 1 ano atrás), o mau momento técnico de Saviola, a atitude de Salvio (desta vez com o talento também mais visível) e a diferença apenas marginal entre o Cardozo deste ano e Kardec que o vem substituindo. Não fora a perda de atitude final, estaria construído um resultado bem folgado, que ajudaria em caso de eventual confronto directo e que injectaria especial confiança antes do clássico de Domingo. Assim, perdeu-se tudo isso e ainda se reavivou o fantasma Roberto (entre besta e bestial, será que já ocorreu a alguém que Roberto possa ser apenas um guarda redes normal, com virtudes e defeitos, com melhores e piores momentos?!)
- O Barcelona empatou em Copenhaga. Não vi, nem posso falar muito do rendimento da equipa porque apenas a tenho visto a espaços. Uma coisa me parece clara, porém: Guardiola tem pela frente um dos mais importantes desafios da sua carreira. O futebol não é só táctica e técnica e o que separa os grandes campeões dos outros é a capacidade de se superarem continuamente em termos mentais. Manter níveis de motivação, confiança e concentração nos patamares mais elevados. Chegou a hora de Guardiola o fazer.
- Jesualdo foi demitido do Málaga. Não posso avaliar o trabalho com grande profundidade porque não vi nenhum jogo, mas posso facilmente concluir que o treinador deu um passo na direcção errada ao ter aceite o trabalho em Málaga. Isto porque se a posição não era boa, estava tudo menos perto de ser inesperada ou abaixo do que seria previsível face aos recursos e calendário de inicio de época. Basta comparar com o que a equipa fez no ano anterior, quer no arranque, quer nos mesmos jogos que já disputou. O ponto é que se era para treinar uma equipa com tão poucos recursos para o nível onde joga, convinha pelo menos ter a certeza de que haveria alguma possibilidade de ter margem de manobra. Isto de uma perspectiva desportiva, porque financeiramente até pode ter sido um bom negócio. Pessoalmente lamento, porque gostaria de ver mais técnicos portugueses nos principais campeonatos...