22.11.10

Triunfos magros de Porto e Sporting (Breves)

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- Duvido que alguém esperasse tantas dificuldades do Porto para passar em Moreira de Cónegos. A verdade é que, se o Moreirense poderia ser um adversário como outro qualquer no Dragão, em casa torna-se muito mais difícil de ser batido. E não é preciso muito para perceber isto: basta ver que a equipa ainda não sofreu qualquer golo em casa em jogos para a liga! Ainda assim, não dá para retirar algum peso da responsabilidade à equipa portista, que face à capacidade e diferença de valores, bem pode exigir mais de si própria. Sobre o Porto, há 2 aspectos a realçar: O primeiro é, de novo, a gestão de Villas Boas, nunca prescindindo do seu núcleo duro e da sua estrutura. O segundo, para o facto de, no pós-Benfica, o Porto ter tido 2 exibições com um fulgor bem distante do esperado. Finalmente, sobre o Moreirense, uma pergunta: que impacto emocional pode ter uma derrota como esta? Será interessante acompanhar o percurso imediato da equipa de Casquilha...

- Em Alvalade, não dá para dizer que o Sporting não foi quem mais mereceu a vitória, mas dá para questionar a exibição da equipa. Primeiro, não entendo como Paulo Sérgio pretende construir uma equipa se continuamente altera estrutura e protagonistas - em certos casos, abdicando de elementos em óptimo momento. Face a isto, só seria de espantar se a equipa tivesse uma grande resposta. Depois, referir que esta até pode ser vista como uma das mais confortáveis vitórias da equipa, dado que passou por muito menos sobressaltos do que é costume. O problema é que "controlar" não é algo que este Sporting faça voluntária e conscientemente. Pode acontecer - como aconteceu - mas não resulta de nenhuma estratégia preparada. Se melhor prova faltasse, basta atentar ao último lance do jogo. Aquele que poderia ter complicado de forma dramática a continuidade da equipa na Taça. Uma equipa que quer e sabe controlar o jogo, não pode nunca permitir, nunca, uma transição como a que aconteceu. Nem que, do outro lado, tivessem estado 2 contra o guarda redes! O equilíbrio seria sempre a prioridade. Enfim, importa em tudo isto destacar o demérito do Paços, que fez muito pouco durante 90 minutos. Sobre esse dado, relembro o excelente jogo da equipa na Luz. De lá para cá, e com algumas lesões à mistura, a equipa perdeu claramente o seu momento. A Rui Vitória de nada adiantará as boas exibições numa dada fase se, depois, não for capaz de manter os índices emocionais. Ou as coisas mudam, ou esta equipa arrisca-se a servir de luz ao fundo do túnel para Naval e Portimonense, os fortíssimos candidatos à descida, se nada for feito em contrário.

- Nos restantes jogos, destaco a vitória do Guimarães. Não por ser inesperada - que não foi - mas porque é a terceira consecutiva, que resulta de uma reviravolta. Aliás, das 6 que conseguiu na Liga, a equipa de Machado teve de virar 3. Um número, que embora curto, é raro, importando perceber até que ponto se trata de um acaso...

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