- O Porto confirmou Otamendi. Otamendi? Não seria a minha escolha. Não podia ser mais diferente de Bruno Alves: baixo e rápido. É forte com bola, tem carácter, confiança, agressividade e agilidade. Porque não o escolhia? Porque é um risco. Otamendi é uma espécie de cavalo selvagem que precisa de ser "domado". Tem atributos fantásticos, mas falta-lhe pensar como um central e entender algumas prioridades da posição. Um risco, repito. Se for "domado", tornar-se-á rapidamente num dos ídolos das bancadas. Mas pode tornar-se também num problema, caso surjam os erros ou a questão da estatura. Esse dado - o da estatura - é, aliás, o grande factor limitador para o seu potencial de valorização a prazo. Entusiasma-me poder vê-lo, mas não o escolhia...
- Gourcuff no Lyon! Por esta não esperava. Esperava que saísse para fora do futebol francês, não que mudasse de ares internamente. Há dois indicadores importantes nesta transferência. O primeiro é o crescimento relativo dos franceses ao nível da capacidade de investimento - com o Lyon à cabeça. O segundo é que o mercado parece estar mesmo a quebrar. Será que a "bolha" vai mesmo rebentar? Para já, e porque acredito que Gourcuff é já um dos melhores criativos do futebol actual, ficarei à espera de o ver ao lado de Pjanic, outro dos meus favoritos para os anos vindouros. Que dupla!
- Por cá, outro nulo. Mais importante que a ausência de golos, é pobreza qualitativa de alguns jogos que assistimos. Este foi um deles. Aliás, bem podia ter acabado ao intervalo, porque 2ª parte foi mesmo muito má. No Guimarães já havia denunciado as dificuldades eminentes de Manuel Machado e confirma-se como o pior Vitória desde o regresso ao primeiro escalão. Como se não bastasse a ausência de soluções colectivas, há também um mar de equívocos e desperdícios individuais. Pelo menos é o que me parece. Para a semana, na Choupana, se perder, Machado já passa a ter o nó bem apertadinho na garganta. É que isto, quando é para baixo, vai mesmo muito rápido.