11.8.10

Como o Porto ganhou a Supertaça (II) - a concentração

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Ontem escrevi sobre a vertente estratégica do sucesso portista na supertaça, altamente alicerçado naquilo que o seu pressing conseguiu fazer. O segundo “capítulo” da explicação da superioridade azul e branca não pode ser dissociado do primeiro, e da interpretação dessa estratégia montada por Villas Boas: a concentração.

Tanto na análise ao jogo como ontem carreguei na tecla da concentração e da intensidade mental com que ambas as equipas abordaram o jogo. Isso reflectiu-se na forma como cada jogador se entregou a cada lance e teve, no final, um forte pendor para o lado portista, com o Benfica a acumular perdas enquanto que o Porto coleccionava recuperações que lhe proporcionavam momentos de transição. Nos exemplos que trouxe sobre o pressing, encontramos erros evitáveis de Airton, Aimar e Cardozo. Hoje, trago outros exemplos, noutras situações.

A concentração pode parecer um tema pouco interessante e óbvio, mas é tudo menos irrelevante no que se passa em campo. Nenhuma estratégia pode ter grande sucesso se não for acompanhada por uma boa dose de disponibilidade mental por parte dos jogadores. Disponibilidade essa que se reflecte na velocidade, acerto e agressividade das suas acções. No jogo da supertaça, mais do que a estratégia, o Porto teve uma postura muito mais séria e comprometida com a importância do desafio.

O Benfica melhorou com o tempo, mas os primeiros minutos mostraram que a equipa entrou no jogo ainda em ambiente de pré época. Uma preparação mental que não produziu bons resultados e que, diga-se, já na época anterior causou alguns dissabores em alguns jogos importantes, onde o Benfica falhou no objectivo de se superar a si próprio e à sua própria, e já de si elevadíssima, qualidade.



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