Se houve período menos conseguido no jogo pelo Benfica, ele aconteceu nos primeiros 25 minutos. Para o explicar, há que dividir responsabilidades.
Primeiro, falando de um Rio Ave que, conhecedor das especificidades encarnadas, se apresentou bastante bem no arranque do jogo, sabendo perfeitamente o que queria fazer. Não dar oportunidade para o pressing encarnado funcionar e orientar o jogo para o lado onde estava Bruno Gama – preferencialmente, diga-se, o esquerdo, direito do Benfica, onde a presença de Carlos Martins pareceu ser sempre um ponto a explorar de forma intencional. O Rio Ave tem, depois, outros atributos que lhe têm valido a boa época, nomeadamente a forma como encurta espaços no meio, pelo adiantamento da sua linha defensiva. O outro, claro, não estava presente e dá pelo nome de João Tomás.
Mas, se o Rio Ave definiu bem o que queria fazer, é de si próprio que o Benfica mais se tem de queixar na tal entrada menos boa. Aliás, os males que justificaram esse período menos bom – reforço “menos bom” porque não foi menos do que isso – foram também a base do que impediu sempre o Benfica de se aproximar dos níveis de outros jogos. A origem está, essencialmente, numa quebra de performance em diversas individualidades, que impediu uma maior qualidade de circulação e um domínio mais acentuado, assente no característico pressing asfixiante encarnado. Di Maria começou por dar o mote com uma entrada desastrada e vários erros. O argentino, porém, cresceu no jogo e com ele também a equipa. Do outro lado, Martins também acumulou erros de passe em excesso, parecendo longe do jogo e dos companheiros. No meio, Aimar não teve um bom jogo, é verdade, mas é de Javi Garcia que Jesus mais razões de queixa terá, com uma exibição pouco consistente e com mais erros do que a sua responsabilidade posicional prevê.
Com o tempo, e com o crescimento de algumas individualidades, o Benfica foi ganhando uma superioridade mais pronunciada e desenhou alguns lances que, ainda na primeira parte, poderiam ter perfeitamente justificado a vantagem. Aconteceu mais tarde, e se com o 0-1 o mais difícil parecia estar ultrapassado, a tal maior propensão errática de algumas individualidades – mais uma vez, destaco Garcia – aproximou o Benfica de um risco que acabou por se agigantar com o empate.
O minuto 75, numa fase em que o Rio Ave já desistira de discutir territorialmente o jogo, foi o exemplo máximo de como o limite entre o sucesso e insucesso se tornou, de repente, tão estreito. É que se o Benfica acabou com o jogo, num excelente aproveitamento da profundidade por parte de um Di Maria em fase ascendente, instantes antes havia sido Chidi a ter a oportunidade na cara de Moreira. E, embora não fosse justo, a verdade é que o nigeriano poderia perfeitamente ter “chutado” com o Benfica para fora da competição.
Primeiro, falando de um Rio Ave que, conhecedor das especificidades encarnadas, se apresentou bastante bem no arranque do jogo, sabendo perfeitamente o que queria fazer. Não dar oportunidade para o pressing encarnado funcionar e orientar o jogo para o lado onde estava Bruno Gama – preferencialmente, diga-se, o esquerdo, direito do Benfica, onde a presença de Carlos Martins pareceu ser sempre um ponto a explorar de forma intencional. O Rio Ave tem, depois, outros atributos que lhe têm valido a boa época, nomeadamente a forma como encurta espaços no meio, pelo adiantamento da sua linha defensiva. O outro, claro, não estava presente e dá pelo nome de João Tomás.
Mas, se o Rio Ave definiu bem o que queria fazer, é de si próprio que o Benfica mais se tem de queixar na tal entrada menos boa. Aliás, os males que justificaram esse período menos bom – reforço “menos bom” porque não foi menos do que isso – foram também a base do que impediu sempre o Benfica de se aproximar dos níveis de outros jogos. A origem está, essencialmente, numa quebra de performance em diversas individualidades, que impediu uma maior qualidade de circulação e um domínio mais acentuado, assente no característico pressing asfixiante encarnado. Di Maria começou por dar o mote com uma entrada desastrada e vários erros. O argentino, porém, cresceu no jogo e com ele também a equipa. Do outro lado, Martins também acumulou erros de passe em excesso, parecendo longe do jogo e dos companheiros. No meio, Aimar não teve um bom jogo, é verdade, mas é de Javi Garcia que Jesus mais razões de queixa terá, com uma exibição pouco consistente e com mais erros do que a sua responsabilidade posicional prevê.
Com o tempo, e com o crescimento de algumas individualidades, o Benfica foi ganhando uma superioridade mais pronunciada e desenhou alguns lances que, ainda na primeira parte, poderiam ter perfeitamente justificado a vantagem. Aconteceu mais tarde, e se com o 0-1 o mais difícil parecia estar ultrapassado, a tal maior propensão errática de algumas individualidades – mais uma vez, destaco Garcia – aproximou o Benfica de um risco que acabou por se agigantar com o empate.
O minuto 75, numa fase em que o Rio Ave já desistira de discutir territorialmente o jogo, foi o exemplo máximo de como o limite entre o sucesso e insucesso se tornou, de repente, tão estreito. É que se o Benfica acabou com o jogo, num excelente aproveitamento da profundidade por parte de um Di Maria em fase ascendente, instantes antes havia sido Chidi a ter a oportunidade na cara de Moreira. E, embora não fosse justo, a verdade é que o nigeriano poderia perfeitamente ter “chutado” com o Benfica para fora da competição.