Belluschi – Se fosse sempre em transição...
Não deixa de ser curioso, no mínimo, que tenha esperado pela estreia de um possível substituto para marcar. Como havia referido, apesar dos resultados recentes e apesar da contratação de Ruben Micael, Belluschi tem-se encontrado mais nos últimos jogos. É forçado e, talvez mesmo, errado falar-se em melhoria porque o que tem acontecido é uma adaptação do jogador e uma tentativa do próprio de encontrar formas de se fazer mais útil e presente para a equipa.
Há tempos referi que a sua vocação é jogar próximo da área e que é aí que se torna realmente perigoso. É verdade, mas também o é, tal como também expliquei então, que no modelo portista não há espaço para uma função desse tipo. O resultado era um eclipse de Belluschi nos jogos de menor espaço, encurralado entre as linhas do adversário e sem mobilidade para criar soluções de passe. A solução do argentino tem sido recuar. Se não gosta e não tem queda para trabalhar pelos espaços, Belluschi baixa, muitas vezes até onde for preciso, para receber no pé e dar ele próprio inicio às jogadas. Quando encontra soluções de combinação – Varela tem sido o melhor parceiro – consegue aproximar-se da área, caso contrário fica longe. E esse é o problema. Ficar longe da área implica, e reforço a ideia, abdicar do melhor que Belluschi tem, trocando-o por algo que não representa tão grande mais valia. Um problema difícil de resolver e que só se eclipsa num momento: a transição.
Ruben Micael – Sem brilho, mas com vantagem
Não se pode dizer que tenha sido uma grande estreia. Brilhante, isto é. Não foi, e Ruben confirmou que, por exemplo, em relação a Belluschi não representa uma mais valia em termos técnicos. Daí a necessidade que apontei de continuar a evoluir nesse campo.
Apesar disso, foi uma boa estreia. Conseguiu influência no jogo ofensivo e ser, sobretudo na primeira parte, uma das principais fontes de desequilíbrio da equipa. Fruto, claro, da sua já mais do que referenciada cultura de movimentos, permitindo-lhe ser apoio para a circulação e, de um momento para o outro, aparecer nas costas dos médios, pronto a finalizar.
É curioso como, neste aspecto particular da comparação com Belluschi, contrasta tanto com o seu novo companheiro e potencial rival para a titularidade. Pode dizer-se que o ponto forte de um é o fraco do outro, e vice versa. Um, Belluschi, é um notável executante, o outro, Micael, um jogador de enorme inteligência e cultura de movimentação. Ainda assim, tudo somado, parece-me claro que, mesmo em inicio de adaptação, é já o madeirense quem leva vantagem. Mais testes serão, porém, necessários...
Uma nota final. Na segunda parte jogou sobre a direita, num 4-1-3-2. Apesar de ter estado muito na zona central e de aí ter caído com grande frequência, parece-me que não é um posicionamento que se lhe adeqúe. Ruben, e também já o defendi no passado, é um jogador de corredor central e é por aí que poderá, realmente, crescer...
Não deixa de ser curioso, no mínimo, que tenha esperado pela estreia de um possível substituto para marcar. Como havia referido, apesar dos resultados recentes e apesar da contratação de Ruben Micael, Belluschi tem-se encontrado mais nos últimos jogos. É forçado e, talvez mesmo, errado falar-se em melhoria porque o que tem acontecido é uma adaptação do jogador e uma tentativa do próprio de encontrar formas de se fazer mais útil e presente para a equipa.
Há tempos referi que a sua vocação é jogar próximo da área e que é aí que se torna realmente perigoso. É verdade, mas também o é, tal como também expliquei então, que no modelo portista não há espaço para uma função desse tipo. O resultado era um eclipse de Belluschi nos jogos de menor espaço, encurralado entre as linhas do adversário e sem mobilidade para criar soluções de passe. A solução do argentino tem sido recuar. Se não gosta e não tem queda para trabalhar pelos espaços, Belluschi baixa, muitas vezes até onde for preciso, para receber no pé e dar ele próprio inicio às jogadas. Quando encontra soluções de combinação – Varela tem sido o melhor parceiro – consegue aproximar-se da área, caso contrário fica longe. E esse é o problema. Ficar longe da área implica, e reforço a ideia, abdicar do melhor que Belluschi tem, trocando-o por algo que não representa tão grande mais valia. Um problema difícil de resolver e que só se eclipsa num momento: a transição.
Ruben Micael – Sem brilho, mas com vantagem
Não se pode dizer que tenha sido uma grande estreia. Brilhante, isto é. Não foi, e Ruben confirmou que, por exemplo, em relação a Belluschi não representa uma mais valia em termos técnicos. Daí a necessidade que apontei de continuar a evoluir nesse campo.
Apesar disso, foi uma boa estreia. Conseguiu influência no jogo ofensivo e ser, sobretudo na primeira parte, uma das principais fontes de desequilíbrio da equipa. Fruto, claro, da sua já mais do que referenciada cultura de movimentos, permitindo-lhe ser apoio para a circulação e, de um momento para o outro, aparecer nas costas dos médios, pronto a finalizar.
É curioso como, neste aspecto particular da comparação com Belluschi, contrasta tanto com o seu novo companheiro e potencial rival para a titularidade. Pode dizer-se que o ponto forte de um é o fraco do outro, e vice versa. Um, Belluschi, é um notável executante, o outro, Micael, um jogador de enorme inteligência e cultura de movimentação. Ainda assim, tudo somado, parece-me claro que, mesmo em inicio de adaptação, é já o madeirense quem leva vantagem. Mais testes serão, porém, necessários...
Uma nota final. Na segunda parte jogou sobre a direita, num 4-1-3-2. Apesar de ter estado muito na zona central e de aí ter caído com grande frequência, parece-me que não é um posicionamento que se lhe adeqúe. Ruben, e também já o defendi no passado, é um jogador de corredor central e é por aí que poderá, realmente, crescer...