Está difícil arranjar defesa esquerdo... Está, mas não é só para o Benfica, para o Sporting, ou para a Selecção Nacional. É uma posição onde, de facto, não abundam soluções de alto nível em todo o mundo. Essencialmente um problema de formação e de falta de apetência para grandes talentos escolherem, ainda jovens, a lateral como a posição eleita, e que, sendo à esquerda, ainda mais se agudiza. É fácil de perceber. Se são bons a jogar pela linha, porque é que não hão de querer ser extremos?
É por isso que se torna mais provável conseguir uma boa adaptação do que encontrar um “achado” de raiz. É por isso, também, que os maiores casos de sucesso de laterais no futebol português são, precisamente, adaptações.
Quer isto dizer que qualquer extremo, que não se consiga afirmar como tal, pode ser lateral? A resposta é, obviamente, não. As exigências, entre uma posição e outra, não são exactamente as mesmas, e há jogadores com maior apetência do que outros. No Benfica, por exemplo, César Peixoto pode ser uma adaptação possível, mas não seria nunca uma grande solução. A sua falta de agressividade é uma condicionante enorme para quem ocupa uma posição mais defensiva.
Coentrão tem, neste aspecto, tudo para ser uma adaptação de sucesso. Ou melhor... tudo menos a cultura posicional que apenas poderá, ou não, ganhar, depois de algum tempo de adaptação. Mas, com a sua agressividade, técnica e velocidade, o sucesso da mudança torna-se bastante provável. O que é que ele tem a ganhar? Conseguindo uma adaptação ao nível de outros casos no flanco oposto, e sendo canhoto, pode, simplesmente, tornar-se um dos melhores do mundo. Algo que como extremo, e pese o talento, dificilmente acontecerá...
É por isso que se torna mais provável conseguir uma boa adaptação do que encontrar um “achado” de raiz. É por isso, também, que os maiores casos de sucesso de laterais no futebol português são, precisamente, adaptações.
Quer isto dizer que qualquer extremo, que não se consiga afirmar como tal, pode ser lateral? A resposta é, obviamente, não. As exigências, entre uma posição e outra, não são exactamente as mesmas, e há jogadores com maior apetência do que outros. No Benfica, por exemplo, César Peixoto pode ser uma adaptação possível, mas não seria nunca uma grande solução. A sua falta de agressividade é uma condicionante enorme para quem ocupa uma posição mais defensiva.
Coentrão tem, neste aspecto, tudo para ser uma adaptação de sucesso. Ou melhor... tudo menos a cultura posicional que apenas poderá, ou não, ganhar, depois de algum tempo de adaptação. Mas, com a sua agressividade, técnica e velocidade, o sucesso da mudança torna-se bastante provável. O que é que ele tem a ganhar? Conseguindo uma adaptação ao nível de outros casos no flanco oposto, e sendo canhoto, pode, simplesmente, tornar-se um dos melhores do mundo. Algo que como extremo, e pese o talento, dificilmente acontecerá...