26.10.09

A "teia" que durou 60 minutos...

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E, de repente, o Dragão viu-se bloqueado, sem espaço, sem soluções. Entre mérito de uns e demérito de outros, que há sempre, é muita a responsabilidade da Académica. Villas Boas estreou-se com uma “teia” que prendeu a organização portista. Não é fácil, e porque não o é, durou apenas 60 minutos, o tempo que os jogadores demoraram a ceder ao desgaste e a perder intensidade. Fica o registo e a expectativa para ver igual brilhantismo noutro tipo de desafios.

Pessoalmente prefiro ver equipas que pressionam em todo o campo, que condicionam o tempo e não apenas o espaço. Não foi essa a estratégia e talvez fosse mesmo utópico exigir tanto. Folgaram os centrais, Rolando e Bruno Alves, “prendeu-se” Fernando e juntaram-se dois princípios fundamentais para que tudo o resto. Se juntar linhas e diminuir espaços é algo mais básico, mais raro é ver a forma reactiva e agressiva com que os jogadores responderam a cada pequena evolução no jogo. Numa palavra, intensidade. Mas intensidade não é fácil de manter e, por isso, a briosa cedeu. Como ao mau momento não correspondeu a ineficácia contrária, tudo se complicou.

Mérito, e muito, para o Porto. Não esteve inspirado, mas, tal como frente ao Apoel, manteve uma atitude fantástica. E de novo a intensidade. Quando a Académica abrandou, o Porto acelerou e ganhou a decisiva vantagem, desbloqueando por completo o jogo. Por falar em méritos portistas, e para acabar, de destacar a resposta da equipa sem bola. Enquanto acumulava frustrações a atacar era importante que, pelo menos, o Porto não permitisse que a Académica tivesse bola. Fê-lo sempre, e bem, e isso foi fundamental.
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