O alvo conveniente
Não é difícil para quem acompanha o fenómeno futebolístico perceber a forma como os adeptos não convivem bem com os treinadores. Bastará verificar a raridade com que se elogia um treinador, em contraste com a catadupa de criticas que, semana após semana, se lê, vê e ouve. Pessoalmente tenho uma explicação. São poucos os adeptos que não se têm a si próprios como grandes entendidos da especialidade. Este facto aliado à crença clubista de que as suas cores têm, por bondade divina, um potencial inesgotável, faz com que o treinador seja um alvo conveniente. É que a tese da sua incompetência salvaguarda as 2 hipóteses iniciais, ou seja, mantém-se a sabedoria do adepto bem como o potencial divino das suas cores. O problema era, só, o treinador. Como o insucesso é algo inevitável para 3 ou 4 equipas, teremos sempre 3 ou 4 vitimas deste processo... “Sejam eles quem forem”
Reacção ou estabilidade?
Neste ciclo há uma pergunta que, em alguma altura, fará parte do processo. “Deve, ou não, o treinador ser despedido?” Aqui, normalmente, surgem as divisões. Uns pedem reacção, outros estabilidade. O erro está na origem, na pergunta. Falta-lhe a consequência, saber o que vem a seguir. Ou seja, um pode ser uma boa decisão substituir um bom treinador se a seguir vier um melhor e não será tão audaz tomar a mesma decisão se não se tem alternativa melhor, mesmo para um treinador medíocre.
Este é o grande dilema da classe dirigente e aquilo que realmente define o sucesso das equipas. Saber avaliar a qualidade, quer dentro, quer fora...
Não é difícil para quem acompanha o fenómeno futebolístico perceber a forma como os adeptos não convivem bem com os treinadores. Bastará verificar a raridade com que se elogia um treinador, em contraste com a catadupa de criticas que, semana após semana, se lê, vê e ouve. Pessoalmente tenho uma explicação. São poucos os adeptos que não se têm a si próprios como grandes entendidos da especialidade. Este facto aliado à crença clubista de que as suas cores têm, por bondade divina, um potencial inesgotável, faz com que o treinador seja um alvo conveniente. É que a tese da sua incompetência salvaguarda as 2 hipóteses iniciais, ou seja, mantém-se a sabedoria do adepto bem como o potencial divino das suas cores. O problema era, só, o treinador. Como o insucesso é algo inevitável para 3 ou 4 equipas, teremos sempre 3 ou 4 vitimas deste processo... “Sejam eles quem forem”
Reacção ou estabilidade?
Neste ciclo há uma pergunta que, em alguma altura, fará parte do processo. “Deve, ou não, o treinador ser despedido?” Aqui, normalmente, surgem as divisões. Uns pedem reacção, outros estabilidade. O erro está na origem, na pergunta. Falta-lhe a consequência, saber o que vem a seguir. Ou seja, um pode ser uma boa decisão substituir um bom treinador se a seguir vier um melhor e não será tão audaz tomar a mesma decisão se não se tem alternativa melhor, mesmo para um treinador medíocre.
Este é o grande dilema da classe dirigente e aquilo que realmente define o sucesso das equipas. Saber avaliar a qualidade, quer dentro, quer fora...