No primeiro lance, uma transição iniciada pela recuperação do próprio. E é assim, em transição, que este instinto se torna mais temível no Porto. Normalmente há sempre um extremo no flanco oposto, disponível para aproveitar o espaço existente. Neste caso, e embora num sistema diferente, havia Ronaldo. Talvez, ou mesmo provavelmente, fosse circunstancial, mas a verdade é que resultou na mesma medida. Ainda sobre o lance, nota para o pânico do defensor que recua e é incapaz de controlar o lance, acabando Ronaldo por finalizar em zona central e com o melhor pé. Faltou a eficácia apenas, e... outra vez.
No segundo, aquilo que Portugal deveria ter conseguido muito mais vezes na fase final do jogo. Ou seja, com a subida da pressão húngara, aproveitar os espaços. E de novo, Meireles na origem. Simula tentar a profunidade e assim ganha espaço para receber em apoio. Espaço e tempo para fazer o “programado”. Receber de forma orientada para procurar, rapidamente alguém do outro lado, onde está o espaço. Se não houvesse movimento, a jogada perderia o seu tempo e, forçosamente, muito do seu potencial. Como Tiago percebeu rapidamente a situação, o desequilíbrio tornou-se fácil. Pena que seja tão raro.
Lampard & Gerrard, médios de campo inteiro – Na goleada da Inglaterra, 3 golos semelhantes. De cabeça, na grande área, marcados por médios. Gerrard e Lampard. Há médios muito mais criativos e tecnicamente dotados no mundo. Mas, normalmente, esses jogadores encontram também na linha de grande área um limite para o seu jogo. Para Gerrard e Lampard, o campo é maior do que o espaço entre as duas áreas e estas não são um obstáculo mas sim uma oportunidade. Uma questão de cultura.
Entre os lances dos 3 golos, repare-se no pormenor de que, em todos eles, a acção começa na zona frontal à frente da área. Na eminência do cruzamento, o ataque à zona de finalização é feito mas de forma tardia, esperando pela definição do posicionamento dos defensores para, depois, ocupar os espaços complementares. Ajuda também ter gente que cruza de forma inteligente e que não se limita a bombear a bola para a área. É o que acontece com Lennon e Glen Johnson.
Iaquinta & Gilardino, o perfil transalpino – Não é a primeira vez que elogio o perfil dos avançados italianos. Pode não haver uma referência de elite no futebol actual, mas continuo a ser um admirador da forma inteligente e agressiva como este tipo de jogadores se move no último terço. A abrangência das suas virtudes não se esgota no que está retratado no lance em causa, mas este é simplesmente irresistível. Criar apoios frontais mas com uma total noção do que se vai fazer a seguir. Inteligência e repentismo. Fantástico!
No segundo, aquilo que Portugal deveria ter conseguido muito mais vezes na fase final do jogo. Ou seja, com a subida da pressão húngara, aproveitar os espaços. E de novo, Meireles na origem. Simula tentar a profunidade e assim ganha espaço para receber em apoio. Espaço e tempo para fazer o “programado”. Receber de forma orientada para procurar, rapidamente alguém do outro lado, onde está o espaço. Se não houvesse movimento, a jogada perderia o seu tempo e, forçosamente, muito do seu potencial. Como Tiago percebeu rapidamente a situação, o desequilíbrio tornou-se fácil. Pena que seja tão raro.
Lampard & Gerrard, médios de campo inteiro – Na goleada da Inglaterra, 3 golos semelhantes. De cabeça, na grande área, marcados por médios. Gerrard e Lampard. Há médios muito mais criativos e tecnicamente dotados no mundo. Mas, normalmente, esses jogadores encontram também na linha de grande área um limite para o seu jogo. Para Gerrard e Lampard, o campo é maior do que o espaço entre as duas áreas e estas não são um obstáculo mas sim uma oportunidade. Uma questão de cultura.
Entre os lances dos 3 golos, repare-se no pormenor de que, em todos eles, a acção começa na zona frontal à frente da área. Na eminência do cruzamento, o ataque à zona de finalização é feito mas de forma tardia, esperando pela definição do posicionamento dos defensores para, depois, ocupar os espaços complementares. Ajuda também ter gente que cruza de forma inteligente e que não se limita a bombear a bola para a área. É o que acontece com Lennon e Glen Johnson.
Iaquinta & Gilardino, o perfil transalpino – Não é a primeira vez que elogio o perfil dos avançados italianos. Pode não haver uma referência de elite no futebol actual, mas continuo a ser um admirador da forma inteligente e agressiva como este tipo de jogadores se move no último terço. A abrangência das suas virtudes não se esgota no que está retratado no lance em causa, mas este é simplesmente irresistível. Criar apoios frontais mas com uma total noção do que se vai fazer a seguir. Inteligência e repentismo. Fantástico!
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