Primeira parte: Organização ofensiva, um problema
Pelas características do jogo, importa sobretudo falar de um momento do jogo leonino. A organização ofensiva. Foi nesse momento que o Sporting passou grande parte da partida e foi também nele que encontrou o principal entrave a uma exibição mais conseguida e confortável. O problema esteve sobretudo na segunda fase do seu jogo ofensivo, sempre que este se aproximava da área contrária. Isto porque a circulação na primeira fase de construção foi geralmente bem conseguida, encontrando muitas vezes boas condições para introduzir a bola no flanco certo. 2 criticas aqui. A primeira, e mais importante, tem a ver com a falta de apoio que o jogador que recebe a bola (normalmente no flanco) tem. A segunda, reporta à incapacidade de encontrar mais soluções que alternassem com o recurso aos flancos. Há, claramente, alguma falta de capacidade individual em certos casos, mas o problema é sobretudo colectivo e é por aí que ele tem de ser resolvido. Com rotinas e com sistematizações que garantam maior qualidade a este momento.
Segunda parte: Mais vontade e... qualidade
Atitude. Se alguma coisa não faltou ao Sporting foi atitude. Mesmo sem grande sucesso nas suas investidas, a equipa não cedeu à frustração e continuou sempre a tentar, melhorando progressivamente com o tempo. E terá sido que lhe valeu os 3 pontos. De facto, na segunda parte, o Sporting alterou algumas peças, introduziu mais risco no jogo mas conseguiu também mais qualidade. A qualidade viu-se na forma como a equipa passou a criar melhor as suas jogadas, o risco na sua menor organização no momento da perda de bola. Para o Paços, o problema foi que o risco apenas se sentiu no inicio da segunda metade. Depois, a equipa encolheu-se e o Sporting tornou-se mais perigoso e acabou mesmo por marcar no seu melhor período.
Sobre o Paços, não quero traçar elogios desmesurados, mas não quero passar sem reforçar a ideia de uma competência assinalável face aos recursos existentes. A equipa poderá queixar-se da forma como foi perdendo o controlo da partida. As lesões condicionaram a estratégia, disse Paulo Sérgio. É possível e o que é certo é que nunca saberemos se o Paços teria, ou não, outra velocidade para meter na recta final do jogo...
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