Óptimo vs. Péssimo
Sobre o jogo, naturalmente, o período de análise é muito curto. Isto porque a partir do momento em que a vitória ficou garantida o desafio passou a ser muito mais psicológico do que técnico ou táctico. Ainda assim, e para explicar esse inicio de jogo, importa juntar uma série de características, quer do Benfica, quer do Vitória.
O desnível técnico era, à partida, um dado adquirido. Para contornar essa diferença, o Vitória teria de ter maior agressividade, maior organização e maior eficácia. Falhou em todos esses aspectos. Isso viu-se nas divididas que os encarnados quase sempre ganharam, na forma como o Benfica encontrou espaços de forma simples entre (ou nas costas) o bloco sadino por este não ter sido competente no posicionamento e, talvez mais decisivo ainda, nas dificuldades e ineficácia dos lances de bola parada, um aspecto que era decisivo para quem tinha de ser capaz de sofrer.
Do outro lado, muito mérito para o Benfica. Para além da qualidade individual, há que referenciar a atitude de enorme competitividade. A entrada foi fortíssima, com um ritmo elevadíssimo e a goleada só foi possível porque houve sempre a intenção de não parar. Algo que é cada vez mais raro no futebol actual. Já agora, passou, de novo, a idéia de que o Benfica só se sente bem em ritmos elevados. Se isso pode ser um problema noutros casos, neste só trouxe alegrias...
E agora?
3 pontos são 3 pontos. Este é um resultado gigantesco mas, num campeonato, isso para nada conta. Para o Benfica, fica a certeza daquilo que referi antes do inicio da época, ou seja, que as indicações dadas na pré época iriam ter continuidade quando fosse a doer. Para quem tinha dúvidas, esta é uma boa prova. Mas fica também um aviso para quem vier a seguir e isso talvez não seja muito positivo para o Benfica que, forçosamente, encontrará cada vez mais uma resistência sensibilizada. Para o Vitória, em sentido oposto, nada de muito preocupante. A época será difícil, mas não se esperava outra coisa. Foram 8 golos mas apenas 3 pontos e isso é muito pouco para uma maratona tão longa e onde há ainda tanto por evoluir.
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