30.9.09

Futebol, os bárbaros e o jogo

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A agressividade como estratégia. Será legítimo? O mais provável é torcer-se o nariz a esta ideia. A verdade, porém, é que a agressividade, para quem tem a hercúlea missão de ganhar sendo mais fraco, não é menos do que fundamental no futebol de hoje. Porque quase sempre os mais fortes são também apaixonadamente protegidos pela opinião generalizada, a critica orienta-se invariavelmente para os bárbaros que ousam usar a agressividade como arma. Mais do que uma hipocrisia, é um erro.

Obviamente, importa, antes de mais, separar conceitos. Agressividade não é brutalidade (como acontece no vídeo). E nem vale a pena ir mais longe.

É fácil e fica bem advogar em favor de uma pureza do jogo, orientando as criticas para os intervenientes, mas é também o mais hipócrita e menos útil dos caminhos. Se o jogo permite e está mal, então o mal está no jogo. Porque se o jogo tem regras, também faz parte do jogo quebrá-las. É assim no futebol, como noutros desportos. O problema deve, por isso, ser centrado no próprio jogo e nas suas leis, e não em quem as usa em benefício próprio. Porque quem joga, joga para ganhar.
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