Yekini foi um portento da natureza que hoje nunca poderia passar tanto tempo incógnito. Aliás, creio que a forma como se afirmou num contexto futebolístico tão diferente daquele onde não só nasceu como cresceu e amadureceu, é a prova da capacidade invulgar deste jogador. Yekini chegou a Portugal e à Europa apenas com 26 anos, em 1990. A sua afirmação não tardou mas apesar dos golos marcados não foi nunca “pescado” por nenhum dos grandes, mesmo depois de se ter consagrado como melhor marcador da Taça das Nações por 2 vezes consecutivas e melhor jogador Africano do ano em 1993. Yekini acabaria a sua primeira passagem em Portugal depois de um Mundial onde brilhou à frente da surprente Nigéria e depois de ter sido, também, melhor marcador do campeonato em 93/94.
O Olimpiacos foi um destino errado para o jogador que não se adaptou e acabou por deitar por terra a oportunidade que havia tido aos 31 anos. A partir daí a recta descendente era previsível dada a idade, acabando por passar de novo por Setúbal já com 34 anos. Yekini só deixou de jogar aos 41 anos, tendo passado por diversos clubes africanos e é ainda hoje, por larga distância, o melhor marcador de sempre da Nigéria.
Terá sido, com Jimmy, um dos casos de pior aproveitamento dos grandes de um avançado que tão claramente brilhou internamente. Apesar disso, o Setúbal não deixou de gravar na memória uma equipa fantástica em 94, com Yekini e Chiquinho Conde como figuras principais, mas também com Chiquinho Carlos, Sérgio Araújo, Hélio ou Rui Esteves como figuras. Em particular ficará para recordação de todos um famoso 5-2 ao Benfica no Bonfim e uma espantosa recuperação de 0-3 para 3-3 frente ao Porto de Bobby Robson.
Outros vídeos:
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- Yekini no Olimpiacos
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