21.4.09

6 lances (vídeos) da jornada...

ver comentários...
Nuno Assis, 8 minutos – Foi seguramente a melhor jogada do jogo e algo surpreendente até. Porque o Vitória não tem tido qualidade para protagonizar uma jogada que, em ataque organizado, seja capaz de “furar” uma defesa e porque essa defesa era a do Sporting. Grande mérito para a mobilidade colectiva e, em particular, a do protagonista, Nuno Assis, que aparece subitamente nas costas de Adrien, assumindo-se como um corpo estranho para a organização defensiva do Sporting naquela zona. Ao movimento de rotura de Assis (invulgar nele, mas propenso a surgir em zonas mais externas), há que juntar a presença de João Alves naquela zona, para explicar as dificuldades provocadas.

Roberto, 55 minutos – Já tinha referido que este é um golo com mais mérito do Vitória do que demérito do Sporting. Em transição, é verdade que não há nenhum médio interior para bloquear o aparecimento de Andrezinho, mas para o caso não me parece relevante, até porque o lateral não ataca a profundidade, preferindo cruzar largo. O cruzamento é perfeito porque coloca a bola numa zona inalcançável quer para defesas, quer para o guarda redes. Normalmente seria também inalcançável para o avançado, mas o “voo” de Roberto é estupendo e improvável. A única forma de evitar o sucedido era tentar uma linha mais alta que obrigasse Roberto a partir de um posicionamento mais atrasado.


Liedson, 88 minutos – O golo que consumou a reviravolta tem tripla assinatura e muita permissividade vitoriana. Dos 3, Postiga será o mais importante, apesar de não ter, nem assistido, nem concretizado. A boa rotação gera uma atractividade excessiva de jogadores contrários, deixando os 2 companheiros num 2x2 imperdoável. Mas Postiga tem ainda outro mérito. Depois de libertar em Derlei, faz um movimento de desmarcação que parece inutil mas que acaba por arrastar um defesa que desfaz a linha de fora de jogo do Vitória. A partir do momento em que Derlei decidiu rodar, e tendo em conta a qualidade de Liedson naquela zona, o golo era praticamente uma certeza.


Cristian Rodriguez, 18 minutos – Foram raras as jogadas em que o Porto conseguiu desfazer o bloco da Académica na primeira parte. Uma delas e seguramente a mais brilhante aconteceu com uma troca de passes rápida e que revela bem a qualidade de processos do Porto. Realce para a importância do passe vertical para o ponta de lança em vez de respeitar a linha de passe mais simples para Fernando. Esta situação e a rapidez com que foi efectuada, permitiu que a bola chegasse a Fernando sem que a linha de passe para Meireles se fechasse. O mais difícil nestes casos é conseguir colocar a bola num jogador que encare de frente a linha defensiva, nas costas do meio campo. A prova disso mesmo é a facilidade com que Rodriguez ficou isolado a partir do momento em que Meireles ficou nessas condições.


Cristian Rodriguez, 25 minutos – Outra solução e a outra grande ocasião do Porto na primeira parte. Tirar partido da liberdade oferecida ao central (já vista no jogo da primeira volta frente ao Benfica) para tentar a profundidade de uma forma mais directa. Excelente a diagonal de Rodriguez, a confirmar uma das principais características do extremo que é a capacidade de atacar a zona de finalização.

Nuno Gomes, 25 minutos – O golo que abriu a goleada começa com a estratégia prioritária deste Benfica e que ficou muito clara nos minutos antecedentes. Reyes. O espanhol aparece agora quase recorrentemente sobre a direita, numa tentativa de dar ao seu pé esquerdo o melhor angulo para tentar passes de rotura em diagonal. Não foi o caso. Reyes segurou, esperou e libertou em Sidnei para o cruzamento. A surpresa no lance surge precisamente neste protagonista. Num lance de ataque organizado, era expectável que fosse Maxi a fazer aquele movimento, mas foi Sidnei quem, aproveitando o facto de ter iniciado a jogada, deu continuidade à sua acção sobre o flanco. Nota para o pormenor de Maxi ter recuado para cobrir a “aventura” do seu companheiro.

AddThis