6.4.09

Leixões – Sporting: Como ajuda estar a ganhar!

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Frente a uma das equipas mais “chatas” da liga e com uma série de ausências muito importantes, sobretudo num sector onde não abundam soluções de qualidade no plantel, o Sporting tinha um teste muito complicado em Matosinhos. O balanço é, no final, francamente positivo. Pela vitória, obviamente, mas também pela segurança com que geriu o jogo, conseguindo inclusive alguns períodos de muito boa qualidade.

O efeito do golo – O Sporting marcou cedo, mas a sua vantagem no jogo só foi justificada pelo que fez depois de a conseguir. A entrada em jogo foi melhor do Leixões, com grande agressividade nas disputas a meio campo e com o Sporting a demorar muito tempo a definir linhas de passe, permitindo sempre que o Leixões pudesse interferir nas jogadas. O golo de Derlei, no entanto, tudo mudou. Talvez pelo efeito psicológico do golo, talvez pela própria adaptação dos ‘leões’ à partida, o Sporting passou a partir desse momento a dominar por completo o jogo, realizando uma primeira parte confortável e de muita qualidade. Destaque para oscilação entre uma posse mais apoiada, com aberturas longas e inteligentes que repetidamente tiraram partido do espaço nas costas de Angulo. O Sporting chegou várias vezes em situação privilegiada à área, sempre pelas laterais, e só uma má definição individual do último passe permitiu que a equipa não tivesse traduzido em ocasiões mais flagrantes a sua superioridade nesse período.

Segunda parte – Se na primeira parte, o golo dividiu períodos marcadamente distintos, na segunda, embora não tão claramente, houve novo acontecimento que deu ao Sporting maior conforto no jogo, após uma entrada novamente forte do Leixões. Desta vez foi Mota a ajudar, introduzindo Rodrigo Silva e retirando ligação ao seu jogo. É um erro comum, em que o treinador parece pensar como adepto e comete um erro táctico pensando que está a tornar a equipa mais ofensiva. O meio campo do Sporting passou, a partir daí, a controlar o jogo no lado contrário do campo e longe da sua baliza. Não o fez com a mesma qualidade da primeira parte, nem com as mesmas jogadas de envolvência, mas foi sempre o Sporting a mandar nesse período, terminando o jogo sem que o Leixões tivesse alguma vez, sequer, ameaçado o empate.

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