FC Porto – E.Amadora
Para uma festa perfeita, o jogo perfeito. O Porto brindou os seus adeptos com a maior goleada da temporada, num resultado que já não acontece com a frequência de outros tempos, mesmo para uma equipa com a superioridade que o Porto revelou ao longo do campeonato. Este facto leva-me a único ponto negativo da partida – não na perspectiva de quem festejava, evidentemente – o Estrela da Amadora. Não se esperava que a equipa de Daúto fosse capaz de impedir os festejos de uma equipa tão superior em noite de tanta determinação e é certo que as coisas não correram pelo melhor, com o Porto a revelar grande eficácia logo no inicio do desafio. O que não esperava era a derrocada de uma equipa que, dentro das suas limitações, se apresenta normalmente bem organizada. O Porto aproveitou e, como em todo o campeonato, os jogadores foram de encontro às melhores expectativas dos seus adeptos.
Para uma festa perfeita, o jogo perfeito. O Porto brindou os seus adeptos com a maior goleada da temporada, num resultado que já não acontece com a frequência de outros tempos, mesmo para uma equipa com a superioridade que o Porto revelou ao longo do campeonato. Este facto leva-me a único ponto negativo da partida – não na perspectiva de quem festejava, evidentemente – o Estrela da Amadora. Não se esperava que a equipa de Daúto fosse capaz de impedir os festejos de uma equipa tão superior em noite de tanta determinação e é certo que as coisas não correram pelo melhor, com o Porto a revelar grande eficácia logo no inicio do desafio. O que não esperava era a derrocada de uma equipa que, dentro das suas limitações, se apresenta normalmente bem organizada. O Porto aproveitou e, como em todo o campeonato, os jogadores foram de encontro às melhores expectativas dos seus adeptos.
Sporting – Braga
Numa imagem daquilo que foi toda a época, o Braga era um adversário de qualidade incógnita para um Sporting que dificilmente poderia ser brilhante apenas 3 dias após o empate em Glasgow. No que respeita à estratégia para o jogo não houve surpresas. O Sporting com o modelo habitual, descansando os elementos que mais acusam o desgaste de um ciclo bissemanal de jogos, e lançando Farnerud e Djaló como novidades no onze. No Braga o 4-3-3 habitual, com o duplo pivot defensivo no meio campo, e uma atitude que pretendia fazer do bloco baixo uma armadilha que conseguisse controlar o domínio oferecido à posse de bola do Sporting para depois tentar ser perigoso em transição.
O Sporting não fez um primeiro tempo negativo, dominando o jogo nas imediações da área do Braga mas falhou quase sempre em conseguir ser perigoso. Pelo contrário, o Braga, sem fazer uns grandes primeiros 45 minutos, conseguiu tirar partido de uma unidade de enorme rendimento no jogo – Matheus – para criar um sobressalto que Linz não conseguiu finalizar. Os primeiros 45 minutos terminaram, no entanto, com o efeito decisivo da inspiração da dupla atacante leonina. Embora densamente preenchida a defesa do Braga, esqueceu a importância dos espaços e isso foi aproveitado de forma notável pelos avançados leoninos para dar uma vantagem dupla e exagerada para aquilo que tinha sido o desafio.
O jogo tinha tudo para dar uns segundos 45 minutos tranquilos para o Sporting mas não foi, antes pelo contrário, isso que aconteceu. O Braga mexeu, lançando Jailson como quarta unidade ofensiva para tentar partir o jogo na esperança que este ainda lhe pudesse oferecer uma chance de o discutir. O que se assistiu nos primeiros 20 minutos foi uma incapacidade incompreensível do Sporting para controlar o jogo, cometendo erros em posse de bola, erros de abordagem aos lances (Polga em particular evidência num lance que isola Linz) e erros de reacção à perda de bola (nomeadamente do meio campo que perde muito neste aspecto quando Moutinho actua como 10). O Sporting também teve hipóteses de ampliar a vantagem, é verdade, mas só por um assombro de felicidade o Braga não reduziu durante esse período, complicando um jogo que devia ter ficado resolvido pelos golos de Djaló antes do intervalo. A equipa de Alvalade só descansou nos últimos 20 minutos, com o Braga já descrente, e sendo o Sporting, aí sim, a equipa mais perigosa.
Da felicidade que gozou nesta jornada o Sporting recupera 2 pontos essenciais nas suas aspirações, ficando 2 certezas para o que resta jogar. A primeira é que o calendário é-lhe francamente favorável em comparação com os seus adversários, sendo manifestamente improvável que, ganhando os seus jogos, o Sporting não suba pelo menos um lugar até ao final. A segunda tem a ver com a frequência bissemanal de jogos (a confirmar se se mantém até ao final da época no desfecho da eliminatória com o Rangers). É um forte handicap para a capacidade da equipa a cada jogo e poderá ser decisivo o seu efeito para o que resta do campeonato. Este é um aspecto que muitas vezes se ignora mas que tem muito peso em vários aspectos... um deles aconteceu na lesão de Polga.
Boavista – Benfica
A deslocação ao Bessa não se previa fácil, mas o Benfica encarou-a com a melhor das atitudes contando com um apoio notável das bancadas, apenas 1 dia após o Porto ter feito a festa do tri na mesma cidade. O jogo mostrou um Benfica dominador desde o inicio, o que não espanta já que ceder o domínio territorial seria mesmo um dos propósitos da estratégia axadrezada. A verdade, mesmo, é que o próprio Jaime Pacheco não deverá ter ficado descontente com a prestação dos seus comandados ao fim dos primeiros 45 minutos. O Benfica dominou, sim, criou oportunidades, mas nem sempre foi capaz de levar o seu jogo ao interior da área contrária, vindo a maioria das suas ocasiões de fora da área. Pelo seu lado, o Boavista conseguiu soltar 2 ou 3 transições que por pouco não lhe valeram um golo (no lance da grande penalidade não posso deixar de assinalar a forma incrivelmente inocente como Edcarlos abordou o lance).
O segundo tempo até começou na mesma toada durante 15 minutos, mas, coincidentemente ou não com a entrada de Di Maria, a partir dos 60 minutos o Benfica passou a exercer um domínio avassalador, valendo-lhe a sua melhor exibição ofensiva da época mas... nem um golo. O Boavista deixou em absoluto de controlar as ofensivas encarnadas e passou a ser um aglomerado de jogadores a tentar impedir o golo, sobretudo a partir da expulsão. O Benfica não chegou ao seu objectivo numa prova evidente de que o futebol nem sempre é justo, facto que o torna, paradoxalmente, neste desporto tão apaixonante.
Nota para o método defensivo do Boavista, com os jogadores a definirem marcações individuais no inicio das jogadas e apenas se desfazendo dos seus “pares” quando estes saiam claramente da sua zona de acção. Este tipo de abordagem justifica as dificuldades sentidas pelo Boavista em controlar as ofensivas encarnadas que, sobretudo quando existia mobilidade dos avançados (Nuno Gomes esteve muito bem neste aspecto), criava espaços em zonas fundamentais.
Última referência, finalmente, para o instinto quase inacreditável de sobrevivência do Boavista frente aos grandes no Bessa. Bolas ao poste, defesas impossíveis e cortes milagrosos em cima da linha repetiram-se nos 3 jogos em que os axadrezados somaram 5 pontos, não consentindo uma única derrota!