Setúbal 1-2 Porto
Pelas opções de ambos, quer no arranque da partida, quer durante a mesma, a primeira nota que fica é que este não terá sido mais do que um aperitivo para Terça Feira.
Nesse aspecto, devo dizer que o aperitivo serviu bem para abrir o apetite em relação ao que poderá ser essa meia final. E não o digo apenas pelo que o Vitória fez no segundo tempo, onde teve outra atitude ofensiva, é verdade, mas encontrou também um Porto enganador em relação à sua real valia. Dito isto, perceber-se-á que não concordo minimamente com a afirmação ouvida e lida várias vezes no rescaldo do jogo: que o Vitória terá oferecido o inicio do jogo ao Porto. Quem o afirma não percebe uma das estratégias possíveis e onde é de facto forte (afinal, foi assim que conquistou, por exemplo, a Taça da Liga). Na verdade, frente ao Porto o bloco baixo do Vitória terá sido infeliz porque, apesar do domínio que evidentemente ofereceu, conseguiu controlar o Porto que não havia tido grandes oportunidades – ao contrário do que é costume – antes do golo de Lisandro. Não tenho dúvidas que o Vitória voltará com esta estratégia na Terça e, se conseguir ter a qualidade defensiva dos seus primeiros 30 minutos, poderá tornar a tarefa um pouco mais difícil ao Porto.
A tudo isto, resta-me uma dúvida: a capacidade de transição do Vitória. Carvalhal apresentou uma frente de ataque de recurso no primeiro tempo, pelo que a amostra não serve de exemplo. Fica assim a dúvida de como a equipa reagirá nesse momento do jogo, já com as presenças de unidades determinantes do lado portistas como Meireles ou Assunção.
Do lado do Porto, e mantendo uma espécie de projecção para Terça a partir deste jogo, não se espera mais do que aquilo que a equipa vem fazendo. Mobilidade ofensiva – fundamental como se viu no desequilíbrio criado por Kaz no primeiro golo – e, mais determinante ainda, capacidade na transição defensiva. Se o Porto for forte nesse momento tornará o jogo num sufoco – um pouco à imagem do primeiro tempo de Sábado – e quase inevitável o aparecimento de um golo. Nota para dois aspectos. O primeiro tem a ver com as dificuldades que Lucho teve para respirar na densidade do bloco Sadino (não que tenha, longe disso, feito um mau jogo). O segundo tem a ver com Quaresma. A festa do “tri” parece ter-lhe feito bem... a confirmar.
Pelas opções de ambos, quer no arranque da partida, quer durante a mesma, a primeira nota que fica é que este não terá sido mais do que um aperitivo para Terça Feira.
Nesse aspecto, devo dizer que o aperitivo serviu bem para abrir o apetite em relação ao que poderá ser essa meia final. E não o digo apenas pelo que o Vitória fez no segundo tempo, onde teve outra atitude ofensiva, é verdade, mas encontrou também um Porto enganador em relação à sua real valia. Dito isto, perceber-se-á que não concordo minimamente com a afirmação ouvida e lida várias vezes no rescaldo do jogo: que o Vitória terá oferecido o inicio do jogo ao Porto. Quem o afirma não percebe uma das estratégias possíveis e onde é de facto forte (afinal, foi assim que conquistou, por exemplo, a Taça da Liga). Na verdade, frente ao Porto o bloco baixo do Vitória terá sido infeliz porque, apesar do domínio que evidentemente ofereceu, conseguiu controlar o Porto que não havia tido grandes oportunidades – ao contrário do que é costume – antes do golo de Lisandro. Não tenho dúvidas que o Vitória voltará com esta estratégia na Terça e, se conseguir ter a qualidade defensiva dos seus primeiros 30 minutos, poderá tornar a tarefa um pouco mais difícil ao Porto.
A tudo isto, resta-me uma dúvida: a capacidade de transição do Vitória. Carvalhal apresentou uma frente de ataque de recurso no primeiro tempo, pelo que a amostra não serve de exemplo. Fica assim a dúvida de como a equipa reagirá nesse momento do jogo, já com as presenças de unidades determinantes do lado portistas como Meireles ou Assunção.
Do lado do Porto, e mantendo uma espécie de projecção para Terça a partir deste jogo, não se espera mais do que aquilo que a equipa vem fazendo. Mobilidade ofensiva – fundamental como se viu no desequilíbrio criado por Kaz no primeiro golo – e, mais determinante ainda, capacidade na transição defensiva. Se o Porto for forte nesse momento tornará o jogo num sufoco – um pouco à imagem do primeiro tempo de Sábado – e quase inevitável o aparecimento de um golo. Nota para dois aspectos. O primeiro tem a ver com as dificuldades que Lucho teve para respirar na densidade do bloco Sadino (não que tenha, longe disso, feito um mau jogo). O segundo tem a ver com Quaresma. A festa do “tri” parece ter-lhe feito bem... a confirmar.
Sporting 2-0 Leixões
Começo pelo Leixões. Digo-o sem qualquer problema. É neste momento, e após o “tiro no pé” que foi o timing da saída de Carlos Brito uma das mais frágeis oposições que existem nesta liga. Pode, como em Alvalade, ter períodos em que o seu jogo ilude, mas o risco – e falta de segurança – com que adianta a sua linha mais recuada torna a equipa numa formação incapaz de ter, em qualquer momento que seja, o controlo do jogo. Veremos onde para, mas arrisca-se fortemente a uma despromoção quando parecia ter as coisas mais ou menos controladas...
Depois do que afirmei, fica evidente o que penso da primeira parte do Sporting – muito fraca. Má em termos defensivos, onde o seu pressing voltou a não ser suficientemente forte, mas o problema nem foi por aí. Frente a um bloco denso mas alto como o do Leixões, o Sporting teria apenas de conseguir sair do primeiro momento de pressão do seu adversário para estar em condições de explorar o espaço que este oferecia nas suas costas. Acontece porém que o primeiro momento de construção esteve francamente ineficiente. Pouca mobilidade dos jogadores ofereciam poucas soluções de passe. A excepção a isto, ainda assim, foi Liedson, mas o “Levezinho” acabava invariavelmente concluir com perdas de bola os apoios que conseguiu oferecer à construção. O resultado foi um jogo largamente disputado à frente do bloco Matosinhense, ou seja, à entrada do meio campo do Sporting. Ainda assim, e a comprovar o que comecei por dizer, foi o Sporting quem esteve mais perto do golo no primeiro tempo, precisamente pela exploração dos erros cometidos pela linha de fora de jogo Leixonense.
No segundo tempo, a história foi diferente, particularmente após o primeiro golo. Aliás, estou em crer que Alvalade acabaria por assistir a uma estranha goleada, por força da menor cobertura defensiva a que o Leixões iria incorrer. A expulsão de Ronny, no entanto, encarregou-se de mudar esse destino e o jogo poderia ter visto mais golos, mas em qualquer das balizas.
Sobre o Sporting, dizer que se assistiu a mais uma prova da desinspiração de alguns elementos da equipa, manifestamente afectados pela sobrecarga de jogos (Moutinho é um exemplo). Sobre isso, acrescento que o Sporting pode e deve melhorar a partir do momento em que tenha apenas 1 jogo por semana e que é melhor que o faça. É que não se ganham sempre jogos com exibições como aquelas protagonizadas frente a Braga e Leixões... antes pelo contrário!
Guimarães 1-0 Boavista
Uma referência para dizer o que penso deste Vitória e que, no fundo, é o espelho de exibições como a de Sábado.
Cajuda tem uma equipa que com muito mérito está onde está, mas que não é o espectáculo que muitos apregoam... É uma equipa que valoriza sobretudo a segurança defensiva, desequilibrando-se muito pouco e tendo elementos que, lá atrás, falham ainda menos (Nilson é o espelho disso mesmo, com uma época fantástica). Depois, ofensivamente, existe um sistema e alguns movimentos simples mas suficientes para criarem embaraços aos adversários. O resto é alma, acreditar e ambição. Lembra-me o Boavista de 2001, pelas vitórias de 1-0 que consegue, controlando o adversário e tendo depois a força mental suficiente para acreditar que o seu jogo será suficiente para que este quebre pelo menos uma vez.
Resulta, é realista, inteligente e eficaz, mas não digam que é brilhante, porque não o é. Outro aspecto fundamental no sucesso do Vitória está na possibilidade que Cajuda tem (e fá-lo quase sempre) de repetir, semana após semana o mesmo onze. Ajuda muito a criar entrosamento e tal dinâmica de vitória. Para isso, tem de se referir a escassez de jogos noutras competições e a ausência de lesões.
Está de Parabéns o Vitória, dê no que dê, por saber criar uma fórmula vencedora dentro dos seus recursos.