Em primeiro lugar devo dizer que, por motivos profissionais, tive de acompanhar o Basileia – Sporting. A verdade é que o efeito da trivela de Moutinho aos 2 minutos na eliminatória aconselharia a um acompanhamento de um jogo bem mais incerto como o Nuremberga – Benfica. Como não vi (porque também não repetiu), não vou fazer comentários muito alongados sobre essa partida, não evitando no entanto um desabafo, baseado na unanimidade dos relatos que me chegaram sobre o desenrolar da partida. Face à sucessão de exibições de futebol pobre que terminam em resultados positivos, o mais caricato do discurso de Camacho são os lamentos de falta de sorte e eficácia na hora de explicar alguns empates a zero a que por vezes se assiste...
Basileia – Sporting
Não assisti a melhor resumo da partida do que o de Paulo Bento no final da partida. O categórico 0-3 com que o Sporting brindou os emigrantes que o acompanharam a Basileia poderia facilmente resultar em exultações de brilhantismo, tal e qual se ouve e lê nos comentários à partida. Paulo Bento, na hora de se pôr em “bicos de pé” – para usar uma expressão do próprio – manteve os pés no chão, porque, de facto, há vários capítulos na história deste 0-3. Fica-lhe bem e denota inteligência.
Tal como frente ao Estrela, foi Moutinho a sossegar aqueles que ainda temeriam uma surpresa. Desta vez não a finalizar, mas a assistir de forma primorosa Pereirinha para o 0-1 que matou, logo ali, a discussão da eliminatória. O que se passou até ao intervalo, no entanto, deve merecer a atenção do Sporting, mesmo tendo em conta o facto de uma possível descompressão face ao feito do tal golo madrugador. É que o Basileia conseguiu num número excessivo de vezes surpreender o Sporting. Primeiro foi em transição, após um erro imperdoável de Romagnoli em posse de bola e no fim foi através do poder no jogo aéreo, surpreendendo as marcações leoninas. Pelo meio aconteceram mais 2 desequilíbrios que têm um ponto em comum: o “pressing” mal executado. Aqui o destaque negativo vai para Miguel Veloso que, saindo da sua zona tentou pressionar a posse de bola adversária sem, no entanto, conseguir a recuperação. O resultado desta situação é um buraco no espaço entre linhas que, neste caso, o Basileia aproveito para apenas criar perigo. Veloso tem qualidades fantásticas, mas há aspectos do seu jogo claramente a melhorar e depende dele poder tornar-se num dos grandes da sua posição. Quando a equipa está esticada em campo, cabe ao pivot defensivo saber decidir entre criar superioridade no pressing ou manter o equilíbrio numérico. A questão é que quando opta pela primeira a jogada tem que morrer e isso por vezes não acontece...
Ainda assim o Sporting soube sempre aproveitar melhor os erros do adversário (aquele adiantamento da última linha do Basileia já havia sido um dos alvos predilectos do ataque verde e branco em Alvalade) e, num deles Liedson tirou um chapéu ao guarda redes contrário, colocando um injusto 0-2 no marcador. No segundo tempo, as coisas foram melhores para o Sporting que, em boa verdade poderia ter ido bem para além dos 0-3, perante o desnorte do adversário. Fica a moral e a eficácia de uma equipa que, apesar de tudo, mantém-se claramente a um nível bem superior ao de há uns meses a esta parte, bem como alguns avisos que o olho atento do treinador deverá saber passar para dentro.
Não assisti a melhor resumo da partida do que o de Paulo Bento no final da partida. O categórico 0-3 com que o Sporting brindou os emigrantes que o acompanharam a Basileia poderia facilmente resultar em exultações de brilhantismo, tal e qual se ouve e lê nos comentários à partida. Paulo Bento, na hora de se pôr em “bicos de pé” – para usar uma expressão do próprio – manteve os pés no chão, porque, de facto, há vários capítulos na história deste 0-3. Fica-lhe bem e denota inteligência.
Tal como frente ao Estrela, foi Moutinho a sossegar aqueles que ainda temeriam uma surpresa. Desta vez não a finalizar, mas a assistir de forma primorosa Pereirinha para o 0-1 que matou, logo ali, a discussão da eliminatória. O que se passou até ao intervalo, no entanto, deve merecer a atenção do Sporting, mesmo tendo em conta o facto de uma possível descompressão face ao feito do tal golo madrugador. É que o Basileia conseguiu num número excessivo de vezes surpreender o Sporting. Primeiro foi em transição, após um erro imperdoável de Romagnoli em posse de bola e no fim foi através do poder no jogo aéreo, surpreendendo as marcações leoninas. Pelo meio aconteceram mais 2 desequilíbrios que têm um ponto em comum: o “pressing” mal executado. Aqui o destaque negativo vai para Miguel Veloso que, saindo da sua zona tentou pressionar a posse de bola adversária sem, no entanto, conseguir a recuperação. O resultado desta situação é um buraco no espaço entre linhas que, neste caso, o Basileia aproveito para apenas criar perigo. Veloso tem qualidades fantásticas, mas há aspectos do seu jogo claramente a melhorar e depende dele poder tornar-se num dos grandes da sua posição. Quando a equipa está esticada em campo, cabe ao pivot defensivo saber decidir entre criar superioridade no pressing ou manter o equilíbrio numérico. A questão é que quando opta pela primeira a jogada tem que morrer e isso por vezes não acontece...
Ainda assim o Sporting soube sempre aproveitar melhor os erros do adversário (aquele adiantamento da última linha do Basileia já havia sido um dos alvos predilectos do ataque verde e branco em Alvalade) e, num deles Liedson tirou um chapéu ao guarda redes contrário, colocando um injusto 0-2 no marcador. No segundo tempo, as coisas foram melhores para o Sporting que, em boa verdade poderia ter ido bem para além dos 0-3, perante o desnorte do adversário. Fica a moral e a eficácia de uma equipa que, apesar de tudo, mantém-se claramente a um nível bem superior ao de há uns meses a esta parte, bem como alguns avisos que o olho atento do treinador deverá saber passar para dentro.