Porto – Paços Ferreira
A primeira nota de destaque vai naturalmente para a poupança de Quaresma. Parece-me uma opção inteligente de Jesualdo que julgo já devia ter sido tomada na preparação para o embate da Champions. Não me refiro a Quaresma em particular mas a todas as individualidades com mais peso no conjunto portista. Há muito que o Porto tem o campeonato no bolso e Jesualdo deve tirar partido dessa situação para se tornar mais forte noutras competições.
Em relação ao jogo, ele foi particularmente marcado pela improvisação táctica do Paços de Ferreira. José Mota trocou as habituais marcações individuais por uma estratégia que visava encurtar o bloco, recorrendo para isso a uma defesa muito subida que tentava por em fora de jogo o ataque portista. O resultado foi que o Porto realmente teve mais fora de jogo do que é costume, mas também a evidência de que, mais minuto menos minuto a estratégia iria ser paga em golos, assim que o fora de jogo fosse “quebrado”. De resto, só se estranha que tenha tardado tanto esse momento. É que as movimentações do numeroso bloco Pacense revelaram-se sempre muito pouco coordenadas e organizadas – o que não se estranha, tendo em conta de que se tratava de uma improvisação táctica.
Com o golo portista e o passar do tempo a organização Pacense foi-se debilitando e a fluidez do futebol superior do Porto tornou o jogo num vendaval de oportunidades azuis e brancas que poderiam ter resultado numa goleada bem mais dilatada. Apenas me referi à fase ofensiva portista, porque o processo ofensivo do Paços foi de tal forma neutralizado que penso poder-se desprezar em qualquer análise ao jogo.
A primeira nota de destaque vai naturalmente para a poupança de Quaresma. Parece-me uma opção inteligente de Jesualdo que julgo já devia ter sido tomada na preparação para o embate da Champions. Não me refiro a Quaresma em particular mas a todas as individualidades com mais peso no conjunto portista. Há muito que o Porto tem o campeonato no bolso e Jesualdo deve tirar partido dessa situação para se tornar mais forte noutras competições.
Em relação ao jogo, ele foi particularmente marcado pela improvisação táctica do Paços de Ferreira. José Mota trocou as habituais marcações individuais por uma estratégia que visava encurtar o bloco, recorrendo para isso a uma defesa muito subida que tentava por em fora de jogo o ataque portista. O resultado foi que o Porto realmente teve mais fora de jogo do que é costume, mas também a evidência de que, mais minuto menos minuto a estratégia iria ser paga em golos, assim que o fora de jogo fosse “quebrado”. De resto, só se estranha que tenha tardado tanto esse momento. É que as movimentações do numeroso bloco Pacense revelaram-se sempre muito pouco coordenadas e organizadas – o que não se estranha, tendo em conta de que se tratava de uma improvisação táctica.
Com o golo portista e o passar do tempo a organização Pacense foi-se debilitando e a fluidez do futebol superior do Porto tornou o jogo num vendaval de oportunidades azuis e brancas que poderiam ter resultado numa goleada bem mais dilatada. Apenas me referi à fase ofensiva portista, porque o processo ofensivo do Paços foi de tal forma neutralizado que penso poder-se desprezar em qualquer análise ao jogo.
Setúbal – Sporting
Num jogo de ausências, Paulo Bento decidiu introduzir as surpresas Farnerud e Purovic no onze. Sobre o segundo, o passado recente já demonstrou que é um equívoco tentar enquadra-lo no modelo de jogo do Sporting. Sobre o primeiro, há algum exagero nas criticas, mas é verdade que o sueco retira força ao losango. Não é pela falta de qualidade técnica – que Farnerud tem de sobra – mas pelas limitações de dinâmica no seu jogo. A atacar não dá profundidade ao flanco (nunca soube dar largura sobre a esquerda, quando em posse de bola), a defender é pouco agressivo e, sobretudo, algo displicente na recuperação defensiva quando a equipa perde a bola. Talvez o sueco se desse melhor numa posição menos “elástica” tacticamente. Ainda assim parece-me claro que as opções de Paulo Bento apenas tiveram lugar pela verdadeira razia que afecta o leque de disponíveis. A única critica que julgo poder-se fazer ao treinador neste aspecto é o porquê de não ter guardado algumas individualidades utilizadas no jogo de Quinta Feira...
O Sporting voltou a perder com um Setúbal bem organizado, mas desta vez não consigo dizer que o Vitória tenha feito por merecer o triunfo. Primeiro porque não foi superior antes da vantagem (foi claramente feliz nas incidências da fase inicial do jogo), depois porque após a conseguir passou a jogar muito recuado e sendo incapaz de se soltar com frequência em transição, tendo em conta a exposição espacial dada pelo Sporting. É também por isso que o Sporting se deve queixar essencialmente de si próprio. Pela forma como ofereceu a vantagem ao Vitória e pela sua incapacidade ofensiva revelada durante grande parte do jogo. Sobre este último ponto, já falei do efeito de Purovic e Farnerud, mas há outro aspecto que quero, mais uma vez, vincar. A ausência de Romagnoli (o melhor Romagnoli) faz muita falta ao processo ofensivo do Sporting e não compreendo como se continua a dizer Moutinho é melhor opção para uma posição que, dentro do modelo de jogo do Sporting, está totalmente adaptada às características do argentino. Não é por acaso que o melhor Sporting em termos ofensivos surge quase sempre com um Romagnoli em bom plano.
Benfica – Braga
Normalmente este seria um jogo com tudo para ser um espectáculo de grande qualidade, mas o momento das equipas transformou a partida, não num mau jogo, mas num jogo claramente abaixo do que ambos poderiam proporcionar.
Primeiro o Braga. Chegou cedo à vantagem e perante um Benfica com as limitações que se conhecem e as potencialidades do seu plantel, exigir-se-ia um Braga a jogar permanentemente no campo todo e a reclamar também para si alguns momentos de domínio. Mas não foi isso que aconteceu. Tivemos um Braga “pequeno” remetido à defesa e não fazendo mais do que Leixões ou Nacional em visitas recentes à Luz. Defensivamente recorreu mais à presença numérica do que à organização e ofensivamente manteve-se sempre mais dependente da qualidade individual dos seus elementos (particularmente Matheus) do que de um jogo mais solidário.
No que respeita ao Benfica, o golo inicial foi um tónico claramente negativo, mas, com mais um golo de bola parada (está aqui talvez o principal mérito de Camacho) a equipa voltou a ganhar uma energia emocional positiva, acabando por realizar uma primeira parte acima do que se poderia pensar quando Zé Manel fez o golo. Destaque para mais movimentação na construção ofensiva, em relação ao que vem sendo habitual. Alguns movimentos interiores dos alas (sobretudo Di Maria), o apoio dos laterais e algumas descidas verticais de Rui Costa e Petit criaram mais linhas de passe do que vem sendo hábito. Ainda assim, esteve longe de ser uma partida brilhante dos encarnados que não conseguiram oportunidades de golo até à etapa final do jogo (o Braga desfrutou da melhor ocasião até esse período). Foi de resto nesse período que o Benfica ameaçou realmente vencer a partida tirando também partido da ansiedade que se apoderou do adversário, demasiado encolhido com a aproximar dos 90 minutos.
Individualmente, destaco, claramente, a entrega de Pablo Contreras (notável a sua pro actividade no golo que “roubou” a Nuno Assis).
Normalmente este seria um jogo com tudo para ser um espectáculo de grande qualidade, mas o momento das equipas transformou a partida, não num mau jogo, mas num jogo claramente abaixo do que ambos poderiam proporcionar.
Primeiro o Braga. Chegou cedo à vantagem e perante um Benfica com as limitações que se conhecem e as potencialidades do seu plantel, exigir-se-ia um Braga a jogar permanentemente no campo todo e a reclamar também para si alguns momentos de domínio. Mas não foi isso que aconteceu. Tivemos um Braga “pequeno” remetido à defesa e não fazendo mais do que Leixões ou Nacional em visitas recentes à Luz. Defensivamente recorreu mais à presença numérica do que à organização e ofensivamente manteve-se sempre mais dependente da qualidade individual dos seus elementos (particularmente Matheus) do que de um jogo mais solidário.
No que respeita ao Benfica, o golo inicial foi um tónico claramente negativo, mas, com mais um golo de bola parada (está aqui talvez o principal mérito de Camacho) a equipa voltou a ganhar uma energia emocional positiva, acabando por realizar uma primeira parte acima do que se poderia pensar quando Zé Manel fez o golo. Destaque para mais movimentação na construção ofensiva, em relação ao que vem sendo habitual. Alguns movimentos interiores dos alas (sobretudo Di Maria), o apoio dos laterais e algumas descidas verticais de Rui Costa e Petit criaram mais linhas de passe do que vem sendo hábito. Ainda assim, esteve longe de ser uma partida brilhante dos encarnados que não conseguiram oportunidades de golo até à etapa final do jogo (o Braga desfrutou da melhor ocasião até esse período). Foi de resto nesse período que o Benfica ameaçou realmente vencer a partida tirando também partido da ansiedade que se apoderou do adversário, demasiado encolhido com a aproximar dos 90 minutos.
Individualmente, destaco, claramente, a entrega de Pablo Contreras (notável a sua pro actividade no golo que “roubou” a Nuno Assis).